A restauração da Praça Cidade de Milão faz parte do projeto ‘Italian per San Paolo’
Após entregar duas outras obras, do projeto em parceria com empresas italianas, o prefeito de São Paulo, João Doria reinaugurou a praça Cidade de Milão, no último domingo (17).
Segundo a Ansa, a praça foi restaurada através do investimento da Pirelli.
“A Pirelli normalmente contribui com o Brasil. São quase 90 anos de atividades no país e, nesse período todo, tentamos ajudar. Patrocinamos o processo de preservação do Cristo Redentor e do Museu de Inhotim”, disse Mario Batista, representante institucional da fabricante de pneus.
Além dela, a Cidade de Milão, que fica localizada perto do Parque do Ibirapuera, também recebeu o investimento do Instituto Europeu de Design (IED).
A Praça foi inaugurada em 1962, após um acordo bilateral que aconteceu entre Milão e Itália naquele ano.
“Temos a chance de ver, mais uma vez, a bandeira de São Paulo e da Itália juntas. Doria viajou recentemente para Milão e estamos incentivando as relações entre as cidades”, disse o cônsul-geral da Itália em São Paulo, Michele Pala.
Os gastos totalizaram R$ 1,2 milhão de reais e foi usado na restauração das réplicas de estátuas de Michelangelo e da fonte.
Também foram colocados câmeras de seguranças e tecnologia de código QR Code, como na praça Ramos de Azevedo.
“A Polishop assumirá a praça pelos próximos três anos, para preservar a restauração. Mas precisamos de duas frentes para cuidar da praça, a população e a empresa”, afirmou o prefeito.
Parceria São Paolo e Itália
O projeto Italian Per San Paolo é uma iniciativa com objetivo de restauração de locais que têm algo a ver com a imigração italiana.
Inicialmente foi estimado um gasto de cinco milhões de reais, porém, só a reforma da praça Ramos de Azevedo custou seis milhões.
Ao final, segundo a Ansa, as três obras foram avaliadas em R$ 8 milhões de reais.
Doria adiantou que deve voltar com novos projetos em parceria com empresas italianas em março de 2018.
“Neste primeiro ano de gestão, a Prefeitura não teve dinheiro para fazer as coisas, pois assumimos uma herança com um rombo nos cofres públicos. Todo o investimento que a cidade fez foi em parceria com a iniciativa privada”, ressaltou.
“Já foi aprovada a concessão do Parque do Ibirapuera à iniciativa privada, assim como dos 108 totais de São Paulo. A cidade não tem como fazer a manutenção direito, é caro demais. Eu sou liberal, vim do setor privado, e acho que o setor privado pode fazer melhor, mais rápido e com mais transparência que o setor público”, exaltou.
“A única coisa que ficará sob responsabilidade do poder público é a segurança nos parques”, explicou o prefeito, comparando o caso de São Paulo com o Central Park, de Nova York.
Em janeiro, uma propriedade próxima ao Parque Ibirapuera será reformada e utilizada como galeria de arte e espaço para aulas paras crianças aos finais de semana.