A Itália registrou nesta sexta-feira (6) mais 446 mortes causadas pelo novo coronavírus, maior número para um único dia desde 2 de maio, quando haviam sido contabilizados 474 óbitos. Além disso, o boletim atualizado do Ministério da Saúde registra 37.809 novos casos de contágio nesta sexta, recorde no país desde o início da pandemia. Com isso, o total de pessoas já infectadas na Itália chegou a 862.681, enquanto o número de vítimas subiu para 40.638.

Segundo o Ministério da Saúde, o país também tem 322.925 pacientes curados e um recorde de 499.118 casos ativos. Desse total, 2.515 estão internados em UTIs, maior número desde 21 de abril (2.573), ainda antes do fim do lockdown nacional.

Lockdown

Os novos números chegam no dia da entrada em vigor do decreto do primeiro-ministro Giuseppe Conte que coloca um quarto da população do país em lockdown.

Quatro regiões – Lombardia (10 milhões de habitantes), Piemonte (4,4 milhões), Calábria (1,9 milhão) e Vale de Aosta (126 mil) – foram classificadas como “zonas vermelhas” na nova escala de risco do governo e passaram a ter regras semelhantes às da quarentena que vigorou entre março e maio.

O protocolo para essas áreas inclui o fechamento de restaurantes e do comércio não essencial e a proibição de sair de casa a não ser por motivos de saúde, trabalho ou urgência. A diferença para o primeiro lockdown é que, desta vez, as indústrias continuam abertas e restaurantes podem manter serviços de comida para retirada.

O governo também criou outras duas áreas de risco. A primeira é a amarela, que engloba a maior parte do país e prevê apenas regras válidas em todo o território nacional, como toque de recolher noturno, fechamento de museus e aulas totalmente a distância em escolas de ensino médio.

A outra é a laranja, que hoje contempla Puglia e Sicília, no sul da Itália, e inclui proibição de deslocamentos interregionais e intermunicipais, a não ser por motivos de trabalho ou saúde. Nessas áreas, no entanto, é permitido sair de casa sem motivo.

As zonas de risco são definidas com base nos índices de transmissão do Sars-CoV-2 e em parâmetros como número de internações, ocupação de leitos de UTI e percentual de casos positivos nos exames efetuados.

Para progredir de área vermelha para laranja, por exemplo, a região precisará ter pelo menos 14 dias de estabilidade nos dados da pandemia. (com dados da Ansa)