‘O mais brasileiro dos argentinos’: Lula se despede de Papa Francisco e irá ao velório

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou pesar pela morte do Papa Francisco na segunda-feira, 21, destacando o carinho e a identificação do pontífice com o Brasil. Em declaração divulgada por meio de suas redes sociais, Lula afirmou que Francisco era “o mais brasileiro dos argentinos”, em referência à paixão do líder religioso pelo futebol.
“Embora o dia de hoje seja de muita tristeza, vamos nos lembrar para sempre da alegria do papa Francisco. Do sorriso que iluminava a tudo e a todos, o entusiasmo pela vida, o bom humor, o otimismo e a paixão pelo futebol, qualidade que fazia dele o mais brasileiro dos argentinos”, afirmou.
Francisco, líder da Igreja Católica Romana desde 2013, morreu aos 88 anos em decorrência de um derrame cerebral e de um colapso cardiocirculatório irreversível, segundo informações oficiais. Lula e a primeira-dama Rosângela Silva irão para a Itália para participar do funeral do argentino. Os detalhes da viagem dependerão do protocolo do Vaticano para a ocasião.
No vídeo, o presidente brasileiro também ressaltou o papel do Papa como símbolo de acolhimento, paz e esperança. “Acordamos um pouco órfãos de seu afeto”, disse Lula, ao elogiar a postura do pontífice, marcada por uma fé livre de preconceitos e julgamentos em um mundo marcado pela discriminação e pela intolerância.
“Francisco foi o Papa de todos, mas principalmente o dos excluídos, dos mais pobres, dos injustiçados, dos imigrantes, dos que não tem voz, das vítimas da fome e do abandono”, disse.
O presidente brasileiro também destacou os alertas feitos por Jorge Bergoglio sobre a crise climática, as ameaças de destruição do planeta e as recentes guerras que assolam o mundo, além da “necessidade de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que foi lançada pelo Brasil no ano passado, durante a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro”.
Lula afirmou ainda que “Francisco foi o Papa da paz, do diálogo, da união e do amor a todas as formas de vida” e “condenou todas as guerras, que têm como vítimas preferenciais a população civil, sobretudo mulheres e crianças”. O governo decretou luto oficial de sete dias em homenagem ao papa Francisco.
(Com informações da ANSA)