Itália celebra o Dia da Memória

Dia 27 de janeiro é o Dia da Memória, dia dedicado às vítimas do Holocausto. A celebração é reconhecida por todos os membros das Nações Unidas.
O Ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, juntou-se à comemoração do Dia da Memória, sublinhando a importância de manter viva a consciência do peso e da gravidade do que aconteceu, especialmente para as gerações futuras, entre os jovens e nas escolas, de forma que tal crimes nunca mais ocorrerão na história da humanidade.
Tajani afirmou, em uma mensagem de vídeo transmitida a toda a rede diplomática-consular italiana e às escolas italianas no estrangeiro por ocasião do Dia, “a luta contra o antissemitismo é uma prioridade absoluta minha pessoalmente, do Governo e de todo o país, sempre empenhados em promover uma cultura de respeito e de convivência pacífica através da educação, da memória e da firme defesa dos direitos humanos. Devemos começar desde as escolas primárias a ensinar a todas as crianças que não há possibilidade de odiar outra pessoa pelas suas crenças religiosas. Lembrar é um dever, agir é uma responsabilidade”.
Desde 2005, o Dia da Memória é comemorado em 27 de janeiro porque nesta data, em 1945, as tropas soviéticas libertaram o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. Há oitenta anos foram revelados os horrores dos campos de concentração nazistas, onde foram presos judeus, mas também dissidentes políticos, ciganos, homossexuais e todas as minorias antipatizadas pela ditadura nazista. A data tem o objetivo de reafirmar o compromisso global de prevenir futuros genocídios.
Na Itália, a mesma data já havia sido escolhida em 2000 para recordar o Shoah (extermínio do povo judeu). Na Itália, durante o período da Segunda Guerra, também foram criadas leis raciais, houve perseguição aos cidadãos judeus, italianos sofreram deportação, prisão e morte. Mas também teve aqueles que, mesmo em campos e lados opostos, se opuseram ao projeto de extermínio e, arriscaram a própria vida para salvar outras e proteger os perseguidos.
A Itália continua na linha da frente na luta contra todas as formas de antissemitismo, a nível nacional e internacional, reiterando a sua total incompatibilidade com os nossos valores e princípios e condenando firmemente todas as formas de negação, discriminação e violência contra a comunidade judaica.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, participou da cerimônia dos 80 anos de libertação do campo de concentração nazista Auschwitz-Birkenau, na Polônia, ao lado de dezenas de líderes mundiais. O evento contou com a abertura dos sobreviventes Marian Turski, Janina Iwanska, Tova Friedman e Leon Weintraub.