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Bolsa de Valores de Milão fecha em alta e atinge maior nível desde 2008

30 de novembro de 2023 - Por Comunità Italiana
Bolsa de Valores de Milão fecha em alta e atinge maior nível desde 2008

O índice Ftse MIB da Bolsa de Valores de Milão fechou em alta de 1,06% em 29.688 pontos na quarta-feira (28), atingindo o nível mais alto desde junho de 2008. Esse desempenho otimista foi impulsionado pelo sentimento positivo em relação ao fim das medidas monetárias restritivas.

Isso foi alimentado pelos bons dados de inflação na Espanha e Alemanha, juntamente com a revisão para cima do PIB dos Estados Unidos, refletindo a resiliência da economia americana em meio às taxas de juros elevadas.

Wall Street e os mercados europeus registraram ganhos, impulsionados pela esperança dos investidores de que as medidas monetárias do Federal Reserve (FED) e do Banco Central Europeu (BCE) atingiram o pico, e as taxas de juros podem começar a diminuir no meio de 2024.

Em Milão, destacaram-se as ações da Stellantis (+5,2%), impulsionando todo o setor automotivo europeu, e os bancos, com MPS (+3,8%), Bper (+3,2%) e Unicredit (+2,3%). Outras empresas que se destacaram incluíram STM (+2,9%) e Fineco (+2,3%).

Em contraste, algumas empresas registraram quedas, como Campari (-2,4%), A2A (-1,2%), Tenaris (-0,8%), TIM (-0,7%) e ENI (-0,6%).

OCDE prevê desaceleração do PIB da Itália

As perspectivas econômicas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) apresentadas na quarta-feira (29), em Paris, preveem uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da Itália para 0,7% em 2023 e 2024, antes de subir para 1,2% em 2025.

De acordo com o relatório, o PIB da Itália em termos reais “crescerá 0,7% em 2023 e 2024, apesar da queda dos preços de energia e do esperado fortalecimento dos gastos relacionados com o programa Next Generation da UE, e continuará depois com um aumento moderado em 2025”.

“O aperto das condições financeiras, a erosão dos rendimentos reais devido ao crescimento modesto dos salários e à inflação elevada, acompanhados da redução das medidas extraordinárias de apoio fiscal ligadas à crise energética vão pesar sobre o consumo privado e sobre os investimentos”, alerta o órgão.

A OCDE estima que “em 2024, estas tendências desfavoráveis serão apenas parcialmente compensadas pelas despesas financiadas pelas poupanças residuais das famílias acumuladas durante a pandemia, pelas reduções do imposto sobre o rendimento e pela esperada retomada do investimento”.

Em relação à inflação da Itália, a organização ressalta que ela “deverá diminuir gradualmente no período entre 2024 e 2025, na sequência da queda dos preços da energia e do crescimento moderado dos salários nominais”.

“Em 2025, o apoio ao rendimento real das famílias derivado de um maior crescimento dos salários reais, do apoio contínuo ao investimento público e do fortalecimento das exportações líquidas ligado à retoma da procura externa, conduzirá a uma recuperação modesta”, acrescenta o texto.

Para a OCDE, os riscos para o crescimento “continuam a diminuir” e o “principal deles é um aperto maior do que o esperado das condições financeiras, que poderá surgir de um aperto da política monetária na zona euro ou de um aumento do risco de prêmios do setor público italiano”.

Por outro lado, o relatório prevê que o déficit público da Itália será reduzido, mas permanecerá acima dos 3% até o período de dois anos – 2024/25.

De acordo com a previsão, a relação dívida pública/PIB “é elevada, enquanto a despesa está sujeita a uma forte pressão das necessidades de investimento e dos custos ligados ao envelhecimento da população, que aumentarão cerca de 2,5 pontos percentuais do PIB durante o período entre 2023 e 2040.

Por fim, a OCDE alerta que, para repor a relação dívida/PIB numa trajetória mais prudente, é preciso suportar aos custos futuros e cumprir as regras orçamentais propostas pela UE, além de ser necessário “um ajustamento fiscal duradouro” e “medidas decisivas”.

“A plena implementação dos planos de investimento público e das reformas estruturais contidas no PNRR poderia aumentar de forma estável o PIB da Itália, o que implicaria a vantagem adicional de exercer ainda mais pressão descendente sobre a relação dívida/PIB”, concluiu.

Já o crescimento do PIB global deverá abrandar de 2,9% em 2023 para 2,7% em 2024, antes de aumentar para 3% em 2025. (com dados de agências internacionais)

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.

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