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Sorriso de luz

23 de fevereiro de 2025 - Por Comunità Italiana
Sorriso de luz

Por Roberta Gonçalves

Com mais de 50 anos de carreira e 70 livros publicados, a escritora ítalo-brasileira Marina Colasanti nos deixou no final de janeiro. Em diversas ocasiões, Marina esteve presente nas páginas da Comunità. Em seu legado, regala uma gigantesca colaboração à literatura, à arte e à cultura brasileiras. Como tradutora, estreitou os laços entre as literaturas da Itália e do Brasil. Sua pluralidade como jornalista, escritora e artista plástica, entre outros predicados, fez dela uma artista única, cuja obra ainda deve inspirar as gerações de hoje e de amanhã.

“A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer […] A gente se acostuma a sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto […] A gente se acostuma para poupar a vida”. Com este trecho da crônica Eu sei, mas não devia, agraciada com o Prêmio Jabuti de Literatura, em 1997, a escritora ítalo-brasileira Marina Colasanti alertava sobre a necessidade de manter acesos os refletores do sorriso genuíno, não se abalando pelas intercorrências do dia a dia. O fato é que ainda vamos demorar a nos acostumar com a (enorme) falta de Marina. Falecida no dia 28 de janeiro, aos 87 anos, no Rio de Janeiro, a cronista, poeta, artista plástica e jornalista deixa um gigantesco legado à literatura, à cultura, à arte e ao pensamento crítico do Brasil. Nascida em 1937, em Asmara, na África, ela era filha de italianos. Depois, sua família mudou-se para Trípoli, na Líbia, e, durante a Segunda Guerra, voltou para a Itália. Em 1948, ela veio para o Brasil. Esse período é narrado em uma de suas obras, o livro Minha guerra alheia.

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O corpo da poeta foi velado na mansão do Parque Lage, no bairro Jardim Botânico, na zona do sul do Rio, onde viveu sua família quando chegou da Itália. O local pertencia a sua tia-avó, a cantora lírica Gabriela Bezansoni, casada com o engenheiro e empresário Henrique Lage. Eles ergueram a casa que hoje é um dos principais cartões-postais cariocas. A escritora era casada há mais de 50 anos com Affonso Romano de Sant’Anna, com quem teve duas filhas: Alessandra e Fabiana. Prestigiado escritor de crônicas, poesias e ensaios, Sant’Anna foi presidente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro entre 1990 e 1996. Marco Lucchesi, que hoje ocupa o mesmo cargo, lamentou profundamente a morte de Marina, “uma das pessoas mais cristalinas que encontrei em minha vida”, desabafou. Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), que organiza o Prêmio Jabuti de Literatura, ressalta que, como tradutora de importantes autores italianos, Marina ajudou a estreitar os laços entre a literatura do Belpaese e o público brasileiro.

Diretor do grupo Comunità, Pietro Petraglia lembra que quando era ainda um ragazzo entrevistou Marina e seu marido em Ipanema, bairro da zona sul carioca.

— Ela é eterna, com uma obra única exemplar — declara.

De todos os fãs da jornalista, certamente Santiago Régis é, contudo, um daqueles que teve o privilégio de acompanhar recentemente seu talento. Ele é coautor e ilustrador do último livro de Marina Colasanti publicado em vida, A voz da casa, lançado em 2023. — Ela era uma pensadora atenta ao mundo e levava isso com classe, elegância e lucidez para sua escrita — pontua.

Despedida sentida

De norte a sul do Brasil, o país lamenta a morte de Maria Colasanti. Veículos de norte a sul do país, como O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Povo (CE), Correio Braziliense (DF) e Zero Hora (RS), reverberaram a perda de uma das maiores expoentes da literatura brasileira das últimas décadas. Pelas redes sociais, autoridades e escritores prestaram sua homenagem à escritora. “O Brasil perdeu a múltipla artista Marina Colasanti […] Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Academia Brasileira de Letras lamentou a morte da poeta e tradutora ítalo-brasileira: “Marina chegou ao Brasil em 1948 e encontrou aqui o espaço para transformar palavras em arte”, dizia um dos trechos do post da ABL. O escritor angolano Valter Hugo Mãe, considerado um dos autores mais prestigiados da literatura portuguesa da atualidade e vencedor da edição de 2020 do Grande Prêmio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), também lamentou a morte da cronista. “Ensinou a beleza mais sincera […] Tão importante seu trabalho, seu testemunho, sua memória, muito obrigado”, agradeceu.

Desde que aprendeu as primeiras palavras escritas, Marina Colasanti foi uma ávida leitora. Encantou-se por obras como o clássico italiano Pinóquio, além dos contos dos irmãos Grimm, Dom Quixote, Os Três Mosqueteiros e Odisseia. Mais tarde frequentou a Escola Nacional de Belas Artes, onde se especializou em gravura. Estes conhecimentos serviram de inspiração para que ela se tornasse ilustradora de suas próprias histórias.

No jornalismo, foi redatora, editora do caderno infantil e cronista do Jornal do Brasil. Sua primeira publicação literária, Eu Sozinha, em 1968, nasceu durante o endurecimento da ditadura militar no Brasil. Em mais de 50 anos de carreira, publicou 70 livros, dentre crônicas, romances, poesias e literatura infantojuvenil no Brasil e no exterior. Com um portfólio tão vasto, destacam-se alguns títulos, como Uma ideia toda azul (1979), Doze reis e a moça no labirinto do vento (1982) e A moça tecelã (2004), as obras abordavam temas atemporais sempre presentes na alma humana, como amor, ciúme, saudade, liberdade e orgulho. Sua visão “chacoalhou” o mercado editorial infantojuvenil brasileiro ao refutar as influências americanas. Em vez disso, debruçou-se sobre a produção europeia, atendo-se a obras de La Fontaine, Os irmãos Grimm, Perrault e outros.

Brilho fora e dentro do Brasil

Dentre os inúmeros reconhecimentos ao longo de sua carreira, destacam-se o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 2023. A artista também brilhou no âmbito internacional, onde venceu o Concurso Latinoamericano de Cuentos para Niños, da Unicef, e o Prêmio Ibero-americano SM, sendo indicada cinco vezes ao Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil mundial.

Com saudosismo, Pietro Petraglia, diretor de Comunità Italiana, lembra-se de quando encontrou Marina e seu marido muitos anos atrás, na residência do casal.

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— Tive a honra de conhecer a adorável Marina Colasanti ao lado do querido amigo Affonso Romano de Sant’Anna, ainda muito jovem, quando aos 20 anos me receberam em sua casa para uma entrevista à Comunità. A grandeza desse casal para a literatura brasileira é imensa quanto à elegância e à delicadeza com que se colocavam diante da vida. Ao longo dos anos, tivemos o privilégio de contar com Marina em vários momentos da Comunità. Grazie, Marina — agradece.

Em sua trajetória, a escritora conquistou nove estatuetas do Prêmio Jabuti, com obras como Entre a espada e a rosa (1993), Passageira em trânsito (2010) e Breve história de um pequeno amor (2014), entre outras. Este último também foi reconhecido como Livro do Ano de Ficção. Quem fornece essas informações é a própria Sevani Matos, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), em entrevista para Comunità. A CBL organiza o Prêmio Jabuti, considerado o mais tradicional reconhecimento literário do Brasil desde 1959.

Sevani nota que a Itália, com sua tradição literária e artística, ressoa no refinamento estilístico dos textos da jornalista, na construção poética de suas narrativas e na valorização da oralidade:

— Marina também tinha um olhar sensível para a estética e a simbologia que, aliado a uma escrita que remete à tradição dos grandes fabulistas europeus, reforça uma conexão com a Itália — destaca. Entre os escritores italianos, cujas obras foram passadas para o português pela tradutora, a presidente da CBL cita Alberto Moravia e Giovanni Papini, bem como prestigiados autores de outras nacionalidades, como Roland Barthes, Yasunari Kawabata, Jerzy Kosiński e Konrad Lorenz.

Última homenagem em vida

Em 2024, Marina Colasanti foi homenageada como Personalidade Literária do Prêmio Jabuti. Na ocasião, o público assistiu ao documentário Marina Colasanti: entre a sístole e a diástole, um retrato emocionante de sua trajetória. Sevani conta um pouco da emoção daquele momento:

— Foi uma honra homenageá-la na 66ª edição do Prêmio Jabuti. A homenagem reuniu a comunidade
literária em uma noite especial em São Paulo. Marina acompanhou tudo remotamente, do Rio de Janeiro, enquanto sua filha, Alessandra, esteve presente para representá-la, tornando o momento ainda mais significativo — celebra.

Para a presidente da CBL, o legado da ítalo-brasileira está diretamente associado à forma como aborda temas universais, como identidade, memória, afetos e desafios da existência, de maneira poética e acessível.

— Ela se destacava como jornalista, tradutora e artista plástica e essa pluralidade enriqueceu sua escrita, tornando-a atemporal e relevante para diferentes gerações — afirma.

A versatilidade da artista plástica é também uma das características que ressaltam aos olhos do escritor Marco Lucchesi, presidente da Biblioteca Nacional (BN) e colunista da Comunità. Diretamente da Embaixada do Brasil em Roma, onde se localizava no período da entrevista, ele falou com exclusividade à reportagem. O membro da ABL salientou a habilidade da escritora para lidar com diversos gêneros literários, “sendo completa” em tudo o que fez, sempre de “modo generoso, alegre e solar”, com uma “incrível profundidade”. Lucchesi observa que a artista era dotada de uma delicadeza e de uma ironia permanentes, atributos que lhe davam “uma grande leveza, não só no que escrevia, mas na própria forma de viver”.

— Eu a conheci pessoalmente quando ela me convidou para participar de um programa de enorme
sucesso chamado Imagens da Itália, pela TV Educativa — afirma.

Marina fazia a apresentação “com muita sagacidade e equilíbrio”. A atração trazia ainda o escultor e pintor italiano Roberto Moriconi, que abordava as artes plásticas, e Lucchesi, que falava de literatura italiana. Para o presidente da BN, a apresentadora do Imagens da Itália era uma síntese prodigiosa e delicada entre as literaturas brasileira e italiana, pelo conhecimento extraordinário que tinha de ambas.

— A morte de Marina fere muito a todos, a mim, pessoalmente, que perco uma grande amiga e incentivadora. A única forma de nos consolarmos desta grande perda é voltar a seus livros — declara resignado.

E se a intenção é matar um pouco da saudade mergulhando nas obras da autora, prepare-se, porque a lista de opções é grande, como observa Santiago Régis. O jovem ilustrador e designer é coautor com a escritora em sua última obra publicada em vida, A voz da casa, lançada em 2023. Ele também ilustra grande parte das crônicas do site www.marinacolasanti.com e, juntamente com o bibliotecário Rafael Mussolini, administra o site e as redes sociais da artista desde 2012.

— A obra da Marina é múltipla e extensa. Dá pra fazer muitos recortes. Podemos nos ater à persona jornalista, com pautas sobre feminismo; ou a seu estilo literário nos livros de ensaios ou à poeta universal; ou à forma como ela retratava a sociedade em seus livros de memórias – declara em depoimento exclusivo para Comunità.

Pluralidade artística

Ao discorrer sobre o livro mais recente de Marina, o coautor lembra que a residência citada em A voz da casa não foi uma das casas onde a autora viveu.

— Não pertencia a ela nem a sua família. Era, na verdade, a casa de uma amiga, onde ela se hospedava algumas vezes como visita. E é justamente esse olhar de visitante que torna o texto tão interessante — revela.

Retomando a pluralidade da ítalo-brasileira, o ilustrador lembra que ela também tinha a capacidade de fazer um jogo de contrastes único em seus minicontos, além de um minucioso trabalho de tradutora e de autora de contos de fadas.

— Sem contar sua vasta produção de livros para infância, onde muitas vezes também atuava como ilustradora de seus textos. Marina era uma escritora complexa que não subestimava seu público, independentemente da idade do leitor — afirma.

Com uma cartela tão ampla de cores literárias, que respeitava a sagacidade de seus leitores mirins, jovens, adultos ou idosos, a produção de Marina é também um reflexo de sua rica trajetória de cultura, política, arte e paisagens por onde seus olhos e sua alma passaram, seja na África, na Itália ou no Brasil. E ela manifestou sua gratidão da forma que melhor conhecia, em versos: “Agradeço cada poema, cada prato posto à mesa, cada ponto de costura ou vírgula de escrita, agradeço cada gesto que me traz sorriso…”. Somos nós que agradecemos à Marina. Os refletores se apagam. Mas seu sorriso sempre nos iluminará.

Um pouco mais de Marina…

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… e a proximidade com a Itália refletida em sua escrita.

Com uma presença tão forte da Itália em sua vida, Marina Colasanti falou várias vezes à Comunità ao longo de sua trajetória, com destaque para os anos de 2018, 2021 e 2022, quando foi entrevistada pelos repórteres Matheus Sousa e Tatiana Buff. Nas ocasiões, a cronista ítalo-brasileira destacou suas impressões sobre o Belpaese nas áreas de literatura e de história, além de revelar seus “cantinhos” preferidos no país.

Refletiu também sobre a interferência das mídias sociais na literatura infantil e no desenvolvimento das crianças, bem como sua preocupação com a disseminação das fake news. Considerada uma das pioneiras do feminismo no Brasil, Marina Colasanti lamentou o retrocesso nas causas de violência contra a mulher,
sobretudo depois da pandemia.

Harmonia da paisagem italiana

Com a família paterna proveniente de Roma, a città eterna era a preferida da ítalo-brasileira, entre outros destinos. “Também gosto e tenho uma lembrança ligada a dois lugares: a Costa Adriática, pois passava as férias lá em Porto San Giorgio, e Como, da qual tenho uma lembrança muito intensa do último ano de
guerra. Agora, a Toscana é insuperável, muito linda”, destacou.

Marina se encantava com a “harmonia da paisagem italiana, que mantinha uma relação muito intensa com a arte”. Na literatura, era fascinada pelas obras de Emilio Salgari (1862-1911). Autor italiano de Turim, Salgari foi considerado um dos maiores escritores de aventura de sua época, com persona
gens caracterizados pela força de seus ideais de liberdade, independência e justiça. O cineasta italiano Federico Fellini era outro leitor ilustre que admirava seu trabalho.

Quando analisava os percursos históricos da Itália e do Brasil, a jornalista lembrava que nossa história é bastante recente, comparada à terra de seus antepassados, que tem uma trajetória milenar: “A diferença também está entre um país da natureza, como o Brasil, e outro da cultura, a Itália. No Brasil, a cultura mais intensa é aquela das raízes populares”, afirmava.

A ítalo-brasileira também comentou sobre o fenômeno das redes sociais, que trouxeram personagens como os “influenciadores” e uma nova forma de fazer conteúdo. “As redes sociais impuseram quantitativismo, ou seja, o valor da quantidade acima do valor da qualidade. O que vai acontecer com
essa geração de criancinhas que hoje estão com um ano de idade já diante do tablet? Como saber?
Veremos quando eles estiverem com 20 ou 40 anos, mas agora é impossível”, vislumbrou a escritora.

A cronista entendia que a criança sem tablet “está olhando ao redor, capta, compara, aprende a ler o rosto dos outros. E saber ler o rosto do outro é uma maneira de se garantir na vida”, alertava. Para Marina, a literatura inventou os links muito antes do computador, porque a leitura se interliga o tempo todo entre uma frase e outra, um capítulo e outro.

Em 2020, o mundo foi sacudido pela pandemia e a artista encontrou na Internet um aliado para continuar seu trabalho, fomentando a arte literária e o gosto indissolúvel pela cultura. Durante o período de isolamento, manteve sua voz ativa, participando de lives, congressos, conferências e mesas redondas virtuais. Referência da literatura infantil brasileira fora do país, Marina participou também da Feira de Bolonha sobre poesia para crianças. Em seu site https://www.marinacolasanti.com, mantinha o público atualizado sobre suas atividades, crônicas, projetos, livros, traduções, biografia, prêmios e vídeos.

Fake news, pandemia e violência contra a mulher

A ítalo-brasileira também lamentava o problema da indústria de fake news, que espalha notícias infundadas e gera conflitos por conteúdos que não são verdadeiros. O repórter da Comunità assim manifestou-se: “O problema é o compartilhamento. Você recebe e multiplica. Você, sendo da área de
informação, não pode multiplicar uma notícia sem verificar”. Marina Colasanti respondeu: “Isso é elementar […] A gente está vendo que a comunidade internacional está buscando meios de proteção porque isso põe tudo em risco.”

Porém, na contramão de suas expectativas, infelizmente houve um retrocesso no setor. No início deste ano, a Meta, superpoderosa das redes sociais, anunciou o encerramento de seu sistema de checagem de fatos (fact-checking), usado para combater a difusão de desinformação pelas redes. A medida, anunciada pelo próprio Mark Zuckerberg, fundador e CEO da Meta, foi interpretada por grande parte do público como apoio à volta de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos.

Nessa “esteira de decréscimos”, Marina, que era uma referência nas lutas femininas e feministas, lastimava-se pelo retrocesso nas causas de violência contra a mulher agravadas pela pandemia e pela reclusão doméstica: “Demos um passo atrás dramático em feminicídio”, reconhecia. Para ocupar seu espaço, a cronista entendia que cada mulher precisava seguir com coragem o caminho que sua sensibilidade e que seu nível de conhecimento apontavam.

Em 2021, diante do caos pandêmico, a onda negacionista e as fake news que inundavam o mundo, declarou “lamentar mais do que possa expressar, o sistemático e programado desmonte da cultura”. Felizmente, ela ainda viveu para, poucos anos depois, presenciar a retomada do quadro cultural do país. Também recebeu sua última homenagem em vida como Personalidade Literária do Prêmio Jabuti, em São Paulo, no ano passado, que acompanhou do Rio de Janeiro remotamente.

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A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.

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