O sociólogo, jornalista e escritor italiano Francesco Alberoni morreu nesta segunda-feira (14), aos 93 anos, em um hospital em Milão, informou a família à agência italiana de notícias ‘Ansa’. Alberoni estava internado na Policlínica de Milão para combater uma complicação surgida durante um tratamento para problemas renais. A data do funeral ainda não foi estabelecida.
Considerado uma figura multifacetada e um dos principais nomes das ciências sociais na Itália, Alberoni nasceu em Piacenza, em 31 de dezembro de 1929 e se formou em medicina pela Universidade de Pavia.
Ao longo de sua carreira, ele se especializou em psicologia e sociologia, focando principalmente nos estudos sobre movimentos coletivos e processos amorosos. O primeiro ensaio sobre o tema, “Estado Nascente (1968)”, transformou-se depois na obra “Movimento e Instituição” (1977), considerado um clássico e uma de suas publicações mais famosas.
Suas principais obras já foram publicadas em países como Brasil, Japão, Espanha, França, Dinamarca, Suécia, Turquia e Israel.
Entre elas estão “A Elite Sem Poder (1963)”, “Consumo e Sociedade (1964”, “A Itália em Transformação (1976)”, “Enamoramento e Amor (1979)”, “As razões do Bem e do Mal (1981)”, “A Amizade (1984)”, “O Erotismo (1986)”, “A Arte do Comando”, “Sexo e Amor”, “Líderes e massas”, “Lições de Amor” e “A arte de amar. O grande amor erótico que dura”.
Professor de sociologia na Universidade de Milão desde 1964, o italiano lidou com comunicação de massa, fenômenos migratórios de participação política na Itália, além de ter sido reitor da Universidade de Trento, de 1968 a 1970.
Membro do conselho de administração e conselheiro sênior na presidência da emissora Rai em 2005, Albertoni também foi colunista do jornal italiano “Corriere della Sera”, que de 1982 a 2011, todas as segundas-feiras, apresentava a coluna “Público e privado” em sua primeira página. (com dados da Ansa)