Israel colocou fim à trégua em Gaza ao lançar novos ataques aéreos durante a noite de hoje (18/3).

Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel, acusou o Hamas de se recusar a libertar os reféns e rejeitar as propostas dos mediadores. Assim, o ataque resultou em 330 mortos, segundo o Ministério da Saúde na Faixa de Gaza controlada pelo Hamas, que acusa: “Netanyahu sacrifica reféns e busca salvação política”. EUA e Estado judeu alertam sobre o “inferno” desencadeado sobre terroristas.

Um alto funcionário do Hamas disse hoje que Israel decidiu sacrificar seus reféns, reiniciando grandes operações militares na Faixa de Gaza durante a noite após uma trégua alcançada em janeiro. A decisão de Netanyahu “de retomar a guerra é uma decisão de sacrificar os prisioneiros da ocupação e impor uma sentença de morte a eles”, disse Izzat al-Rishq, acrescentando que Netanyahu está usando os combates no enclave palestino como um “bote salva-vidas” político para desviar a atenção das crises internas de Israel.

Acredita-se que muitas das vítimas estejam registradas em Khan Younis. Entre os mortos também há várias crianças. Segundo médicos e testemunhas, três casas em Deir al-Balah, um prédio na Cidade de Gaza e alvos em Rafah e Khan Younis foram atingidos. 

“Não pararemos de lutar até que todos os reféns retornem para casa e todos os objetivos de guerra sejam alcançados”, disse o ministro da Defesa, Israel Katz. Entre esses objetivos, além do retorno de todos os reféns (vivos e mortos), está a destruição do Hamas como força militar ou política na Faixa de Gaza. Katz disse que “os portões do inferno se abrirão em Gaza” e que o Hamas será atingido com uma força “nunca antes vista” se não libertar todos os 59 reféns restantes. “Esta noite voltamos a lutar em Gaza em vista da recusa do Hamas em libertar os reféns e suas ameaças de prejudicar os soldados das IDF e as comunidades israelenses. Não pararemos de lutar até que todos os reféns retornem para casa e todos os objetivos da guerra sejam alcançados”, acrescentou o ministro. 

O exército israelense diz que os ataques a Gaza ocorreram depois que as FDI identificaram os preparativos do Hamas para lançar ataques contra Israel enquanto o país se reagrupa e se rearma. 

Antes do fim da trégua, em um encontro no Palazzo Chigi com o rei Abdullah II, da Jordânia, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, destacou que as necessidades humanitárias na Faixa de Gaza “continuam urgentes”. Em um comunicado divulgado pelo governo italiano, a cúpula entre os dois líderes teve como principal foco a atual situação do enclave palestino.

“A reunião focou principalmente na situação em Gaza, onde as necessidades humanitárias continuam urgentes. Os líderes expressaram apreciação pela sólida cooperação entre as duas nações em assistência humanitária, tanto no âmbito da iniciativa italiana Food for Gaza, quanto com a iniciativa jordaniana para uma ponte aérea, para a qual a Itália contribuiu com helicópteros disponibilizados pelo Ministério da Defesa”, diz a nota.

Meloni também manifestou apoio ao “importante papel” desempenhado pela Jordânia no Oriente Médio, como uma “força de paz e diálogo”.

(Dados da Ansa)