A paralisação dos artistas contra os estúdios de Hollywood realizada pelo Sindicato de Atores (SAG – AFTRA) e pelo Sindicato de Roteiristas (WGA) fez o setor audiovisual na Itália se unir para protestar contra “a remuneração inadequada por plataformas de streaming”. A Writers Guild Italia (WGI), sindicato de roteiristas, juntamente com outras cinco associações – Artisti 7607, Associação de Diretores Italianos (Air3), Associação Nacional de Atores de Dublagem (Anad), União Nacional de Intérpretes de Teatro e Audiovisual (Unita) e 100 autores -, enviou uma carta à primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, para trazer à tona “questões profissionais que não podem mais ser adiadas”.
As associações, que representam milhares de profissionais entre autores, roteiristas, artistas performáticos e dubladores envolvidos na produção audiovisual italiana, pedem uma reunião urgente que não pode ser mais adiada.
“Sobre o tema da remuneração inadequada por plataformas de streaming para nossas categorias, acompanhamos as audiências na Comissão de Cultura do Senado da República. Durante as sessões, os representantes das plataformas argumentaram, com interpretações normativas instrumentais, estar em conformidade com as disposições legais sobre transmissão de dados e pagar taxas ‘adequadas e proporcionais'”, diz um trecho do texto.
No entanto, de acordo com o grupo, “são declarações sem provas” e “os representantes das plataformas fugiram completamente à questão da informação sobre as receitas que geram na Itália e não comunicaram qual o nível médio de remuneração que as plataformas correspondem aos profissionais envolvidos nas obras”.
O documento também critica o fato de ser “negado o acesso a uma compensação ‘adequada e proporcional’ pelo fruto do seu trabalho, conforme previsto na lei”. (com dados da Ansa)