A Procuradoria de Milão pediu ao tribunal local a condenação de três executivos da holding San Faustin, do grupo ítalo-argentino Techint, por um suposto caso de corrupção internacional que envolve a Petrobras. Os procuradores, liderados por Donata Costa, pediram quatro anos e seis meses de prisão para os irmãos Gianfelice e Paolo Rocca e para Roberto Bonatti, além de uma sanção administrativa contra a Techint de 1,2 milhão de euros.
Segundo a acusação, eles teriam subornado um diretor da Petrobras entre 2009 e 2014, desviando 6,6 milhões de euros, em troca de contratos de fornecimento de tubulação no valor de 1,4 bilhão de euros.
O pedido do Ministério Público de Milão ainda pede o confisco de quase 6,6 milhões de euros da empresa, o que equivaleria ao valor da propina em números atualizados.
Após o pedido do MP, a San Faustin publicou um nota formal em que afirma estar “surpresa” com o anúncio dos procuradores.
“Reforçamos que no curso dos debates, como em todos os documentos das investigações preliminares, nunca foi provado nenhum envolvimento nem da San Faustin, nem de nenhuma empresa italiana na suposta ação de corrupção no Brasil. Nós temos confiança que a decisão do tribunal reconhecerá a absoluta correção da empresa e a estranheza aos fatos contestados contra os membros da diretoria”, diz a nota oficial.
A Techint foi alvo da 67ª fase da Operação Lava Jato, em 19 de outubro de 2019, pelo suposto crimes de propina. À época, a Polícia Federal informou que havia a suspeita de que a empresa ítalo-argentina teria pago R$ 60 milhões para dirigentes da Petrobras. (com dados da Ansa)