Os empresários, que trabalhavam na zona de Caserta, foram presos por ordem do tribunal anti-máfia de Nápoles e acusados de cometer "crimes contra o meio ambiente" e de "associação mafiosa". Os acusados enterravam clandestinamente os dejetos em depósitos – até mesmo em terrenos agrícolas – diferentes tipos de lixo, por preços muitos mais baixos do que os cobrados pelas empresas do setor.
Os onze foram acusados de conexões com o "clã dos Casalesi", a família mafiosa mais poderosa da região de Caserta. Durante a operação, 45 apartamentos, várias mansões e inúmeros locais e terrenos que pertenciam aos empresários foram avaliados, por um valor total de cerca de 40 milhões de euros.
As prisões foram possíveis graças a declarações de vários mafiosos que colaboram com a justiça. A Camorra, que possui 5.000 membros em Campania (região de Nápoles), é uma das responsáveis por ter tornado, há cerca de 20 anos, os depósitos de lixo um negócio muito lucrativo.
Graças a cumplicidade e ineficácia das administrações locais e sem levar em consideração os efeitos nocivos sobre a saúde da população, as empresas encarregadas de recolher o lixo saturaram todos os depósitos existentes, gerando ciclicamente uma crise com toneladas de dejetos acumulados pelas ruas de Nápoles.