O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, participaram no sábado (9) do lançamento da Aliança Global para Biocombustíveis (GBA). A cerimônia aconteceu em Nova Délhi, na Índia, que recebeu a cúpula dos líderes do G20. A iniciativa tem a participação de 19 países e 12 organizações internacionais.
O principal objetivo o grupo é fomentar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo.
“O lançamento é resultado de ambicioso programa nacional indiano de biocombustíveis, que inclui desde a próxima adoção de 20% de mistura de etanol na gasolina à fabricação de automóveis flex, além do desenvolvimento e produção de biocombustíveis de segunda geração. No processo de desenvolvimento dessa política, Brasil e Índia trabalharam juntos tanto no nível governamental como no nível acadêmico, tecnológico e empresarial”, informou o governo brasileiro.
A Agência Internacional de Energia aponta que a produção global de biocombustíveis sustentáveis necessita triplicar até 2030 para que o mundo consiga alcançar emissões líquidas zero até 2050.
Meloni afirma que G20 na Índia ‘não foi fácil’
A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou no domingo (10) que a cúpula dos líderes do G20 na Índia “foi um sucesso”, mas destacou que “não foi uma edição fácil”.
“Quero reiterar as minhas felicitações ao primeiro-ministro Modi pelo sucesso desta difícil edição. A Itália ofereceu colaboração à presidência indiana desde o início, sobretudo porque continuamos convencidos de que o G20 é uma estratégia multilateral na medida em que permite o diálogo com os países emergentes e os do Sul Global”, afirmou Meloni em seu discurso feito no fim da cúpula em Nova Délhi.
Já sobre a declaração final da reunião de líderes do G20, a chefe de governo italiana comentou que todos trabalharam para um texto que “fizesse uma referência específica à Ucrânia”, mas lamentou que “não foi um resultado óbvio, considerando que todas as reuniões ministeriais terminaram sem uma declaração final”.
“É uma declaração de compromisso, mas ainda a considero importante neste contexto. Foi feito um trabalho complexo e de ajustamento, mas no final a Rússia também aderiu, talvez para não ficar isolada”, acrescentou.
A declaração final da cúpula, revelada no sábado, condena o “uso da força” e as “conquistas territoriais” contra a “soberania de qualquer país”, mas não acusa diretamente Moscou, que é membro do grupo, pela invasão à Ucrânia.
O texto foi um compromisso para impedir que a reunião de Nova Délhi terminasse sem um comunicado conjunta dos líderes, algo que já vinha ocorrendo em encontros de nível ministerial ao longo do ano. (com dados da Ansa)