Prada compra Versace e cria gigante italiana da moda de luxo

A grife italiana Prada anunciou nesta quinta-feira, 10 de abril, a aquisição total da Versace, até então controlada pelo grupo americano Capri Holdings. O negócio consolida a criação de uma nova potência no mercado global de moda de luxo.
O acordo, resultado de semanas de negociações, prevê a compra de 100% da Versace por um valor empresarial de 1,25 bilhão de euros (R$ 8,27 bilhões), segundo nota oficial divulgada pela Prada. “O fechamento está previsto para o segundo semestre de 2025 e está sujeito às condições habituais, incluindo a obtenção das aprovações regulatórias necessárias”, informou a Prada, enfatizando que o valor final será determinado levando em conta ajustes com base no capital de giro e na posição financeira líquida.
A quantia indicada ainda inclui um valor significativo de prejuízos fiscais que podem ser reportáveis. Além disso, a Capri Holdings financiará certos custos relacionados à transação.
A Prada também assinou um novo financiamento de 1,5 bilhão de euros (R$ 9,92 bilhões), composto por 1 bilhão de empréstimo a prazo e o restante de linha de crédito-ponte. A transação foi aprovada pelos conselhos de administração das duas grifes.
O presidente e CEO da Prada, Patrizio Bertelli, celebrou o acordo e afirmou que a grife italiana está começando um novo capítulo para a Versace. “Temos o prazer de receber a Versace no grupo Prada e iniciar um novo capítulo para uma marca com a qual compartilhamos um compromisso constante com a criatividade, o cuidado com os produtos e uma forte herança cultural. Nosso objetivo é dar continuidade ao legado da Versace”, disse o executivo.
Fundada em 1978, em Milão, a Versace pertence à Capri Holdings, dona da Michael Kors, desde 2018, quando foi comprada por 1,8 bilhão de euros (R$ 11,91 bilhões). Também surgida em Milão, mas em 1913, a Prada é um dos ícones do segmento fashion e busca dar novo impulso à marca e formar uma potência italiana capaz de fazer frente às gigantes francesas LVMH e Kering.
(Com informações da ANSA, Il Sole 24 Ore e Il Messaggero)