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Povoado na Toscana mantém viva a memória de Leonardo da Vinci

13 de maio de 2019 - Por Comunità Italiana
Povoado na Toscana mantém viva a memória de Leonardo da Vinci

A luz brilhante e os vinhedos com ciprestes e oliveiras centenários da região da Toscana foram as paisagens que influenciaram a obra de Leonardo da Vinci, cujos 500 anos de morte são lembrados neste mês (ele morreu em 2 de maio de 1519, na França).

Uma visita ao seu local de nascimento, Vinci, povoado a cerca de 30 quilômetros de Florença, na Itália, é uma viagem aos tempos do gênio do Renascimento.

O primeiro desenho que se conserva de Leonardo, datado em 5 de agosto de 1473, é justamente uma paisagem das colinas em volta do Rio Arno no qual usa a impressionante técnica da perspectiva aérea.

Vinci provém de “Vinchio”, uma variedade de salgueiro cujos ramos flexíveis eram utilizados no passado pelos camponeses locais para amarrar a videira. 

Nascido em 15 de abril de 1452 de uma união ilegítima entre um notário e uma camponesa, Leonardo foi criado por seu avô e seu tio, com quem explorou essas belas terras. Segundo várias biografias, foi uma criança que amava examinar insetos e animais e que estudava as variedades de plantas e flores antes de desenhá-las. 

Seu senso agudo de observação, junto com uma imaginação fértil, alimentou seus talentos até ele se tornar o máximo ideal do Renascimento: artista, escritor, escultor, arquiteto, músico, botânico, inventor, engenheiro.

O maior gênio de seu tempo chegou a imaginar máquinas que foram construídas séculos depois de sua morte, entre elas o tanque, o telescópio e o avião. Sua sede de conhecimento também o levou a se interessar pelos moinhos de água, que existiam em grande quantidade em torno de Vinci. Mais tarde, estudou a energia hidráulica e suas aplicações mecânicas.

Representação em madeira de “O Homem Vitruviano” exposta em Vinci.

— Leonardo é o símbolo de nosso território, porque interiorizou muitas coisas desta terra, começando com o mundo dos camponeses e depois o dos filósofos florentinos e milaneses — diz Nicola Baronti, presidente da associação Vinci nel Cuore (Vinci no Coração). — Quando desenhava suas invenções, usava a linguagem dos camponeses de Vinci e dessa forma imortalizou termos que ainda são utilizados na engenharia.

Os turistas que vão a Vinci seguindo os passos do mestre toscano são aconselhados a usar “bons óculos”, de forma a visitar as cascatas e os caminhos que Leonardo percorreu cinco séculos atrás. Nicola Baronti dá uma dica:

A casa de Leonardo em Vinci

— As tranças de vime típicas do lugar de nascimento de Leonardo são as mesmas que se encontram em suas pinturas, inclusive no corpete da Mona Lisa. É a assinatura secreta do mestre. “Fui embora mas não deixo de ser daqui”, parece dizer. 

(Com informações da AFP)


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