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Polícia Federal revela mais militares no Plano ‘Punhal Verde e Amarelo’

21 de novembro de 2024 - Por Comunità Italiana
Polícia Federal revela mais militares no Plano ‘Punhal Verde e Amarelo’

Grupo de militares de elite do Exército foi preso nesta terça-feira, 19/11, pela Polícia Federal (PF), por planejar matar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva por envenenamento em 2022, de acordo com relatório que embasou a Operação Contragolpe. Mas, além do núcleo extremista, investigação identifica outros 35 militares, todos supostamente empenhados, informados ou pelo menos citados na estratégia.

Os investigadores encontraram mensagens, reuniões, documentos e áudios com citações, em diferentes graus, a pelo menos 35 militares – entre eles dez generais e 16 coronéis do Exército, além de um almirante – durante a mais recente fase sobre a trama antidemocrática supostamente gestada no governo Jair Bolsonaro. O general Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente de Jair Bolsonaro, teria participado no plano.

“Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, aponta o relatório da PF. A investigação revelou ainda que a organização criminosa tinha venenos, explosivos e armamentos necessários para eliminar o líder petista, vencedor das eleições de outubro de 2022 contra Bolsonaro. O plano também envolvia o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Nas últimas informações, foi informado que a PF identificou uma intensa troca de mensagens entre os militares sob suspeita, inclusive entre aqueles que participaram da ação batizada ‘Copa 2022′ – lançada em 15 de dezembro de 2022 para prender/executar o ministro Alexandre de Moraes, mas que acabou abortada. Os diálogos foram identificados a partir do celular do major Rafael de Oliveira, que foi preso nesta terça, apontado como um dos principais responsáveis pera ‘Copa 2022′.

De acordo com a investigação, o monitoramento de Lula, Moraes e Alckmin “teve início logo após reunião realizada na residência do general Braga Netto no dia 12 de novembro de 2022”. O plano seria eliminar Lula e instaurar um “gabinete de crise no dia 16 de dezembro de 2022, sob o comando dos generais Augusto Heleno e Braga Netto”, afirma a PF. Heleno foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo Bolsonaro.

Em um dos diálogos, que ocorreu em setembro de 2023, Oliveira comentou com um coronel sobre o fato de um ‘kid preto’ ser alvo da Operação Lesa Pátria, suspeito de ser um idealizador dos atos golpistas de 8 de janeiro. Eles afirmaram que “o mal não recua” e questionaram que haveria “algum contraponto do bem”. “Estamos no alvo”, escreveu Oliveira – o que, segundo a PF, revela a preocupação do major em relação às investigações que avançavam.

Todos os citados em investigações anteriores da PF sempre negaram o cometimento de crimes e as defesas dos presos na operação desta terça-feira, 19, não se manifestaram. Além disso, segundo o jornal Estado de S. Paulo, em nota divulgada no dia da operação, o Exército afirmou que a Força “não se manifesta sobre processos em curso, conduzidos por outros órgãos, procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”.

(Dados da Ansa e Estado de S. Paulo)

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