A polícia italiana realizou nesta terça-feira uma operação em várias cidades da Sicília, no sul do país, que terminou com a prisão de 99 pessoas sob a acusação de tentar reconstruir a Cosa Nostra (máfia siciliana).
Os detidos foram acusados de associação mafiosa, extorsão, tráfico de armas e de entorpecentes.
Entre os presos, há chefes mafiosos e outros membros de famílias ligadas à máfia, que tentavam "refundar" a Cosa Nostra por meio da chamada "comissão provincial", o organismo que media os atentados e estratégias do grupo.
Essa "comissão", que por muito tempo foi liderada por Salvatore "Totó" Riina, chefe máximo da Cosa Nostra até sua prisão, em 1993, delibera sobre os atentados mais sangrentos cometidos pela máfia.
As prisões dos 99 suspeitos foram determinadas devido ao perigo de fuga dos investigados e para prevenir homicídios já planejados.
A "Operação Perseu" foi executada por mais de 1200 policiais, com helicópteros e cães, em toda a Sicília e em algumas províncias da Toscana, no centro do país.
Nos últimos anos, a polícia desarticulou consideravelmente a máfia siciliana, com a prisão de mafiosos importantes como Bernardo Provenzano, em 2006, e Salvatore Lo Piccolo, em 2007.
"Se após a Operação Gotha, de junho de 2006, a Cosa Nostra estava fraca e dispersa, com a Operação Perseu não se levanta mais", afirmou o procurador nacional antimáfia, Pietro Grasso.
O ministro do Interior, Roberto Maroni, cumprimentou Grasso e o comandante da polícia, general Gianfrancesco Siazzu, pelo êxito da operação.
"As prisões de hoje confirmam que a luta contra a máfia é prioridade deste governo, que não tem intenção de baixar a guarda e ainda vai infligir duros golpes contra todas as formas de organizações criminais", afirmou Maroni.
Fonte: Ansa
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