Pirelli anuncia investimentos no Brasil para ser mais competitiva no exterior

Com portfólio de 400 tipos de pneus, empresa italiana aposta em inovação para conquistar mercado e garantir performance seja nas pistas esportivas, na neve ou nas viagens convencionais
Com investimentos de R$ 200 milhões no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Campinas, interior do estado de São Paulo, a Pirelli consolida a sua posição de liderança no setor de fabricação de pneus na América Latina.
O polo industrial da companhia – o maior da América Latina e o segundo no mundo atrás apenas do italiano – inclui dois laboratórios de testes e um Centro Logístico e de Armazenamento de Pneus e Matérias-Primas, ainda em construçãoe previsto para ser inaugurado no primeiro trimestre de 2025. Para aperfeiçoar os processos e otimizar a produção, os laboratórios do polo industrial de Campinas estão interligados com os de Milão e a fábrica está conectada a um centro de dados global da empresa.

Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (13), o CEO e vice-presidente sênior para América Latina, Cesar Alarcon, inaugurou dois laboratórios e lançou a pedra fundamental do Centro Logístico e de Armazenamento de Pneus e Matérias-Primas. Prestigiaram o evento, o prefeito de Campinas, Dário Saadi, o cônsul-geral da Itáliaem São Paulo, Domenico Fornara, além de outras autoridades.
Na ocasião, Alarcon ressaltou a trajetória da companhia de 95 anos no país e reforçou que ainda há espaço para o país ser mais competitivono mercado exterior. “Com o investimento que estamos fazendo em inovação e tecnologia, a nossa atenção se volta ainda mais para as exportações, não só de pneus, mas também de tecnologia e materiais para abastecer a cadeia de produção do nosso setor”, afirma. Atualmente, um terço da produção da Pirelli é exportada parapaíses da região e Estados Unidos.
Resistência, performance e sustentabilidade
Os laboratórios da empresa realizam os testes mais exigentes da indústria mundial de pneus, com máquinas e robôs que testam a resistência decomponentes e a qualidade de materiais físico-químicos, que influenciam, por exemplo, acapacidade térmica dos materiais utilizados na fabricação, além de avaliarem também a durabilidade dos pneus.

O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento permite o acesso às práticas tecnológicas mais inovadoras elevando a segurança e excelência dos produtos e contribuindo para atender as demandas dos mercados mais exigentes. “Dispomos de tecnologia para produzir pneus para rodarem na neve e para categorias esportivas como para os carros de Fórmula 4, por exemplo”, comenta.
O projeto do novo centro logístico de armazenamento de pneus e matérias-primas, previsto para ser inaugurada no primeiro trimestre de 2025, terá 55.800 metros quadrados. O novo armazém foi projetado para eliminar as emissões de CO₂ referentes a cerca de 5 mil viagens de carga por ano.
Outro investimento da Pirelli foi a aquisição da fábrica brasileira de borracha natural, Hevea-Tec, em 2023, aprovada recentemente pelo Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Com o aporte nesse ativo, a companhia totalizou investimentos de R$ 350 milhões no país. “Com a conclusão dessa etapa, confirmamos o polo industrial de Campinas como o centro nevrálgico e estratégico de negócios para expansão e consolidação da operação da Pirelli no mercado internacional”, conclui Alarcon.

Nos últimos seis anos, a Pirelli investiu R$ 2 bilhões no Brasil para atender o crescimento contínuo da produção de veículos e a demanda por novas tecnologias.
Números redondos:
Laboratórios recém-inaugurados:
200 engenheiros
100% da água de reuso
Eliminar plástico de uso único
Zerar resíduos destinados a aterros sanitários
95% de aproveitamento dos resíduos
Centro Logístico (em construção)
55.800 metros quadrados de área
800 mil pneus será a capacidade de estocagem
250 novos empregos
5 mil viagens a menos que vão gerar redução de CO2
Planta da Pirelli em Campinas
54 anos
2,5 mil empregos diretos
1,2 mil empregos indiretos