Pandemia: italianos protestam contra o fechamento das escolas no país

Milhares de pais, alunos e professores saíram às ruas da Itália no domingo (21) para protestar contra o fechamento das escolas do país para tentar conter o avanço da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). O grupo, que realiza a primeira manifestação contra o governo do primeiro-ministro Mario Draghi, classifica a medida como “desnecessária” e pede a volta dos alunos às salas de aula.
Os atos foram registrados em mais de 35 praças em toda a Itália, incluindo na Piazza del Popolo, em Roma, e na Piazza Duomo de Milão. Os números de pessoas, no entanto, foram limitados devido às restrições do coronavírus.
Na cidade da Lombardia, diversas mochilas coloridas foram colocadas no chão em frente à Catedral de Milão para apoiar cartazes com as seguintes mensagens: “Para o governo não existem crianças”, “não podemos mais esperar, a campainha deve tocar”, “esta mochila está cheia de raiva”, “a saúde começa na escola”, entre outras.
Já em Roma, a manifestação reuniu manifestantes com bonés de burro para indicar o impacto da paralisação das aulas, enquanto que em Trieste as pessoas se juntaram na Unificação da Itália.
“Estamos cansados da inércia das instituições nesta questão ao fim de um ano e queremos a garantia imediata de que brevemente voltaremos ao ensino presencial”, explicou Mario Pau, da comissão “A Scuola”.
A maioria das escolas italianas está fechada desde o último dia 15 de março, quando mais de 70% da população do país europeu foi colocado em lockdown para tentar conter a pandemia e as aulas foram retomadas de forma online.
Em meio à polêmica, Draghi prometeu na última sexta-feira (19) que as escolas serão as primeiras a reabrir quando houver o afrouxamento das novas restrições. (com dados da Ansa)