Antonio Tajani, vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, declarou apoio ao Tribunal Penal Internacional (TPI) de Haia após os mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e o líder da ala militar do Hamas, Mohammed Deif, mas disse que ainda vai avaliar como proceder a respeito do caso. “Veremos quais são os conteúdos da decisão e as motivações que impulsionaram essa decisão da corte. Nós apoiamos o TPI, lembrando sempre que a corte deve desempenhar um papel jurídico, e não político”, declarou Tajani.
Netanyahu, Gallant e Deif são acusados de crimes de guerra e contra a humanidade no âmbito do conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, deflagrado em 7 de outubro de 2023. Todos os países signatários do Estatuto de Roma, que criou o TPI, são obrigados a cumprir os mandados emitidos pela corte, o que permitiria Netanyahu ser preso caso visitasse alguma nação integrante do tribunal.
Por esse mesmo motivo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, alvo de mandado de prisão por crimes de guerra na Ucrânia, tem evitado realizar viagens internacionais, como para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro.
Por outro lado, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, cujo país detém a presidência rotativa da UE, anunciou que convidará o seu homólogo israelense, para protestar contra o mandado de detenção emitido pelo TPI. “Não temos outra escolha senão contestar esta decisão. Convidarei” Netanyahu “a vir à Hungria, onde posso assegurar-lhe que a decisão do TPI não terá efeito”, disse ele numa entrevista à rádio estatal.
O chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, General Hossein Salami, definiu o mandado de prisão emitido pelo TPI contra Netanyahu e Gallant como o “fim político e a morte” de Israel. “Isto significa o fim e a morte política do regime sionista, um regime que hoje vive em absoluto isolamento político no mundo e os seus responsáveis já não podem viajar para outros países”, disse Salami num discurso transmitido pela televisão estatal.
(Dados da Ansa)