Novas exigências fazem com que emissão de passes sanitários dispare na Itália

A Itália superou a marca de 100 milhões de certificados sanitários da covid-19 emitidos no domingo (17), informou o governo do país. Com a ampliação do uso para todos os trabalhadores do país, houve uma aceleração na emissão nos últimos três dias. Até às 15h (hora local), haviam sido baixados 100.595.790 documentos, chamados de “passe verde”. Desde o dia 15, é obrigatório apresentar o passe verde para ir trabalhar seja em empresas privadas ou no setor público.
Se a média até o dia 13 de outubro era de 200 mil emissões por dia, o número disparou na última semana por conta das novas exigências. Entre 14 e 16 de outubro, foram mais de 2,5 milhões de certificados, com o recorde na sexta-feira (15), de 867.039.
O documento apresenta os dados das vacinas recebidas pelo cidadão. Porém, para quem é “antivacina”, é possível incluir as informações de testes realizados para detectar o coronavírus Sars-CoV-2 ou um resultado de cura da covid-19 de, no máximo, seis meses.
No entanto, a validade é bastante restrita para os resultados negativos dos testes: se for exame molecular, são 72 horas de validade; se for de antígeno, 48 horas. O detalhe é que os testes passam a ser cobrados de todos os não vacinados.
E a alta na emissão é, justamente, provocada pela realização dos exames. Dos 2,5 milhões de certificados emitidos nos três dias, 1,8 milhão era por conta dos testes; 643,1 mil é para os vacinados; 10,8 mil para certificados de cura.
A ideia do governo de ampliar a obrigatoriedade do certificado é para impulsionar a vacinação de grupos que ainda resistem.
Conforme a última atualização do Ministério da Saúde, no início da madrugada deste domingo, 81,1% da população acima dos 12 anos já está completamente imunizada. A meta, segundo fontes do governo, é que o passe verde pare de ser obrigatório assim que o país atingir 90% de imunizados.
Além de apresentar para o trabalho, o documento já era exigido para acessar academias, museus, piscinas públicas, estádios, feiras, escolas (para professores e funcionários) e áreas cobertas de bares e restaurantes. (com dados da Ansa)