O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, decidiu pela dissolução das duas Câmaras do Parlamento e poucas horas depois o conselho de ministros, presidido pelo premier Romano Prodi, convocou eleições antecipadas. Estes dois atos formais marcaram o fim da 15a legislatura da República Italiana.
"A decisão de dissolver as Câmaras, após ter me reunido com seus presidentes, se tornou inevitável tendo em conta o resultado negativo dos esforços que foram realizados, com o convencimento de que eleições tão marcadamente antecipadas constituem uma anomalia com relação à sucessão normal das legislaturas parlamentares, que tem suas conseqüências sobre a governabilidade do país", disse Napolitano em um comunicado oficial.
O chefe de Estado recebeu ontem no Palácio Quirinale (sede da presidência) os presidentes da Câmara dos Deputados, Fausto Bertinotti, e do Senado, Franco Marini, que na tarde anterior lhe havia comunicado seu fracasso no desempenho do mandato que o próprio Napolitano lhe havia confiado para tentar estabelecer um consenso entre as forças políticas para uma reforma da lei eleitoral e um governo transitório que a realizasse.
Desse modo, Napolitano expressou seu "pesar por ter que convocar novamente os eleitores às urnas sem que essa reforma tenha sido aprovada".
Napolitano também lembrou: "sempre tive como único objetivo o interesse comum e uma maior estabilidade e eficácia do sistema político institucional" e ressaltou que "o diálogo sobre estes temas, atualmente interrompido, segue sendo uma exigência inevitavel para o futuro do país".
Seguindo o trâmite fixado pela Constituição, logo após a dissolução das Câmaras houve a reunião do conselho de ministros, presidido por Prodi, que fixou a data das eleições antecipadas para os dias 13 e 14 de abril e decidiu que irá examinar a possibilidade de que sejam realizadas ao mesmo tempo as eleições administrativas.
Fonte: Ansa
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