Mostra ítalo-brasileira ‘Natureza transformada’ chega a BH

De 8 de abril a 8 de junho, a Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte, receberá a exposição “Natureza transformada: atravessamentos espaciais”.
A mostra, com colaboração de artistas da Itália e do Brasil, propõe um olhar sobre a constante reinvenção da natureza sobre o espaço urbano. As instalações são resultado do trabalho dos artistas italianos Paolo Albertelli e Mariagrazia Abbaldo, em conjunto com a brasileira Márcia Xavier.
Materiais como aço, vidro, estruturas metálicas e o elemento água se entrelaçam para dar forma a obras que revelam distorções, reflexos, preenchimentos e vazios, convidando o público para uma experiência sensorial e reflexiva. A organização do evento traz como destaque a obra imersiva “Copa, Casa, Cosmos”, de Estevão Ciavatta com narração de Regina Casé, “em que o público poderá acompanhar em 360º o crescimento da simbólica árvore amazônica”.
“Entre Brasil e Itália, arte e ecologia, sólido e etéreo, ‘Natureza Transformada’ é um convite a perceber as conexões entre o visível e o oculto, o humano e o natural, o presente e o futuro”, diz comunicado da exposição, com curadoria de Guilherme Wisnik.
Na semana passada, Albertelli e Abbaldo participaram de uma experiência artística com cerca de 60 alunos da Fundação Helena Antipoff e da Fundação Torino Escola Internacional na Casa Fiat de Cultura. Na ocasião, 10 telas monocromáticas se transformaram em “fotogramas de um filme”, formando uma grande composição de mais de 30 metros de comprimento.
“Os adolescentes se tornaram coautores dessa paisagem, inserindo pedras de minério no desenho traçado pelos artistas, incorporando à obra a materialidade e o peso do tempo”, revelaram os responsáveis pela atividade em nota.
O resultado dessa performance é a instalação “Manguezal”, que será exibida em “Natureza Transformada”, cuja estrutura remete a um muro natural, típico dos manguezais presentes nos rios brasileiros.
“Para nós, a arte e a natureza são indissociáveis”, explicam Abbaldo e Albertelli, que querem deixar como legado o “convite para que cada um perceba a arte como parte da vida”.
(com dados da Ansa e Casa Fiat de Cultura)