O ministro das Empresas e do Made in Italy (Mimit), Adolfo Urso, determinou na quinta-feira (4) que o responsável pela Autoridade de Vigilância dos Preços, Benedetto Mineo, marcasse para o próximo dia 11 de maio uma reunião para debater o aumento nos preços de um dos principais itens da cesta básica do país: as massas.
O encontro será o primeiro da nova Comissão de Alerta Rápido para analisar as dinâmicas dos preços no país. Segundo dados oficiais, no mês de março, a alta nos preços foi de 17,5% na comparação com o mesmo período em 2022.
A organização de defesa dos consumidores Assoutenti comemorou a decisão do ministério e disse que a convocação “representa uma vitória” para a entidade, que vinha pleiteando o encontro sobre o tema.
“Em abril, nós notificamos o Mimit sobre algumas anomalias no andamento dos preços para os consumidores da pasta na Itália. Com base em um dossiê feito pela Assoutenti, tal produto sofreu, no último ano, fortíssimas elevações que não parecem justificáveis apenas pela cotação do trigo”, afirma o presidente da associação, Furio Truzzi.
Conforme o italiano, “em Ancona, cidade que historicamente tem o preço mais alto na Itália, um quilo de macarrão custa 2,44 euros em média, e só em 12 províncias os preços listados dos spaghetti, rigatoni, penne, etc, estavam abaixo dos 2 euros por quilo”.
Truzzi ainda lembrou que a Itália tem um alto consumo de massa, com uma média de 23 quilos per capita por ano e que esses aumentos “incidem diretamente nos bolsos dos consumidores”. (com dados da Ansa)