A líder de extrema direita Giorgia Meloni, futura premiê da Itália, trabalha em uma proposta de reforma previdenciária para reduzir a idade mínima de aposentadoria para 58 ou 59 anos, porém com corte de até 30% no benefício. Atualmente, está em vigor no país a chamada “cota 102”, por meio da qual o trabalhador pode se aposentar ao atingir 64 anos de idade e 38 de contribuição. Para 2023, no entanto, está previsto o retorno da contestada “Lei Fornero”, que estabelece 67 anos como idade mínima.
No entanto, como o novo governo ficará a cargo de preparar a Lei Orçamentária para o ano que vem, os partidos da coalizão de Meloni já trabalham em uma proposta para reformar o regime previdenciário.
De acordo com o jornal La Repubblica, a futura premiê estuda um projeto para permitir aposentadorias com 58 ou 59 anos, desde que o trabalhador tenha pelo menos 35 anos de contribuição. Neste caso, ele perderia 30% do benefício.
Com isso, Meloni manteria sua promessa eleitoral de flexibilizar o sistema previdenciário, mas sem comprometer excessivamente as contas públicas.
A ideia, no entanto, não agradou a Maurizio Landini, secretário-geral da Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), maior sindicato do país. “Aposentar pessoas reduzindo seus benefícios não me parece o caminho certo”, declarou o dirigente nesta segunda-feira.
O novo governo deve tomar posse até o fim da semana que vem. (com dados da Ansa)