Justiça esportiva investiga clubes da Itália por suposta fraude contábil

A Federação Italiana de Futebol (Figc) revelou que 11 clubes do país, entre eles Juventus e Napoli, entraram na mira da justiça esportiva em virtude de uma suposta fraude contábil em transferências de jogadores. Em um comunicado, a entidade que rege o futebol na Itália informou que as equipes investigadas “contabilizaram direitos de transferência por valores superiores aos autorizados”.
Além da Juve e do Napoli, os times da Sampdoria, do Genoa e do Empoli são outros da elite do Campeonato Italiano que estão sendo investigados pelo caso. Nas divisões inferiores do “calcio”, os acusados são Parma, Pisa, Pescara e Pro Vercelli.
Novara e Chievo Verona, dois clubes que fecharam as portas recentemente por problemas financeiros, também entraram na investigação. Entre presidentes e dirigentes de times de futebol, por volta de 60 pessoas estão na mira das autoridades esportiva do país europeu.
Os indivíduos investigados podem ser suspensos em função do caso, enquanto os clubes correm sérios riscos de serem multados pela Figc.
MP de Turim ouve Chiellini e Bonucci
O Ministério Público de Turim, na Itália, ouviu nesta segunda-feira (4) os jogadores Giorgio Chiellini, Leonardo Bonucci e Juan Cuadrado, da Juventus, como parte das investigações contra o clube por supostos crimes financeiros.
Além dos três atletas, os jogadores Paulo Dybala, Federico Bernardeschi e Alex Sandro também já foram ouvidos anteriormente pelas autoridades italianas.
De acordo com a imprensa local, o depoimento de Chiellini, capitão da Juve, teria durado pelo menos duas horas e meia.
Os três experientes jogadores da Velha Senhora, que estavam no Palazzo di Giustizia como testemunhas, deram suas versões para os responsáveis da investigação “Prisma”, que tentam esclarecer quatro pagamentos mensais que os atletas do clube bianconero decidiram congelar durante a pandemia de covid-19.
Na opinião dos investigadores, os jogadores juventinos conseguiram parte do dinheiro por meio de acordos particulares com o clube, que supostamente não lançou a transação em seu balanço financeiro ou informou as autoridades. (com dados da Ansa)