Mulheres saíram às ruas nesta sexta-feira (8) na Itália, incluindo em Roma, em protesto pela defesa da igualdade e contra a violência de gênero. A greve geral foi convocada pelo movimento “Non Una di Meno” (“Nem uma a menos”, em tradução livre) e reúne uma multidão em frente ao Circus Maximus, na capital italiana, no centro de Milão e Turim.
As mulheres carregam diversas faixas com frases como “É um absurdo sentir-se privilegiado por ainda estar viva”, “Vamos atacar a violência patriarcal”, “Eduquem seus filhos” e “Insultar, estuprar, matar, você quer que fiquemos em silêncio, você nos deixará com raiva. Destrua o patriarcado”.
Além disso, as militantes também protestam em apoio às mulheres da Faixa de Gaza, com bandeiras da Palestina e estandartes. “Estamos com vocês”, diz um dos cartazes.
Muitas estudantes aproveitam a manifestação para expressarem sua insatisfação com as políticas governamentais em apoio a Israel. “Não em nosso nome. Meloni cúmplice do genocídio”.
Uma delegação do Movimento Estudantil Palestino também está na praça. “Atacamos contra a guerra que produz mortes e compromete todos os recursos para o rearmamento, que nos empobrece e anula direitos e liberdades. Fazemos greve por um cessar-fogo imediato e contra o genocídio que ocorre na Palestina”, diz o manifesto.
Segundo o grupo “Non Uma di Meno”, os ataques são feitos contra o governo Meloni e contra a onda de autoritarismo que restringe o direito de manifestação e criminaliza a dissidência.
“Atacamos um modelo de sociedade ‘Deus, pátria, família”, pelo direito à saúde e à autodeterminação para todos. Estamos em greve porque queremos estar vivas e livres nas ruas”, concluiu o movimento. (com dados da Ansa)