Início » Itália vai testar combinação de dose da AstraZeneca com outras vacinas

Itália vai testar combinação de dose da AstraZeneca com outras vacinas

14 de abril de 2021 - Por Comunità Italiana
Itália vai testar combinação de dose da AstraZeneca com outras vacinas

Cerca de 600 pessoas participarão da pesquisa, que pretende descobrir eficácia com segunda dose da Pfizer, Moderna ou Sputnik

O Instituto Lazzaro Spallanzani, na Itália, irá testar combinações da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 para verificar se há diferença na eficácia do imunizante quando a segunda dose é de outro fabricante. Cerca de 600 voluntários receberão a primeira injeção da vacina, e uma dose da Pfizer/BioNTech, Moderna ou Sputnik.

Segundo Francesco Vaia, diretor sanitário do Instituto, a ideia surgiu por conta da preocupação com a formação de coágulos sanguíneos após a aplicação do imunizante. “Faremos um experimento, assim como em outros países da União Europeia, para verificar a possibilidade de combinar várias vacinas”, disse Vaia, em entrevista à agência ‘Ansa’.

Os pesquisadores aguardam a autorização da Agência Italiana de Medicamentos (AIFA) para dar início ao ensaio clínico. As vacinas da AstraZeneca, Moderna e Pfizer foram aprovadas para uso emergencial na União Europeia, e a Sputnik ainda não teve seu processo aceito.

Itália aguardará EMA para decidir sobre uso de vacina da Janssen

O governo italiano anunciou que vai aguardar uma avaliação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para administrar a vacina anti-Covid da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, a qual as autoridades americanas recomendaram suspender por precaução após a detecção de casos de trombose, mas considera que o imunizante precisa ser usado.

A declaração foi dada pelo ministro da Saúde, Roberto Speranza, durante o programa italiano “Porta a Porta”, após a FDA, agência sanitária dos EUA, e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) pedirem a paralisação, por precaução, da aplicação do medicamento devido a seis casos graves de coagulação sanguínea em pessoas recém-imunizadas.

“Tivemos hoje uma reunião com os nossos cientistas e a AIFA e estamos na mesma linha da EMA: vamos avaliar nos próximos dias, assim que a EMA e os EUA nos derem notícias mais definitivas, mas eu acredito que essa vacina também deve ser usada porque é uma vacina importante”, disse.

De acordo com Speranza, tanto a recomendação dos EUA como a decisão da Janssen de não colocar a vacina no mercado europeu imediatamente foram tomadas por “precaução”.

“Nossa esperança é poder dissolver o mais rápido possível esses nódulos e usar essa vacina também”, afirmou o ministro italiano.

O presidente do Instituto Superior de Saúde (ISS), Silvio Brusaferro, também ressaltou ao final da reunião que a Itália “toma nota” da decisão da empresa de atrasar o envio das doses para a Europa após o ocorrido, e recomendou manter as 184 mil doses do imunizante que o país recebeu “em espera e distribuí-las assim que a situação for esclarecida”.

“Estamos em contato contínuo com a EMA e os demais países europeus para analisar a situação. A campanha de vacinação continua”, destacou o líder do ISS, ao reconhecer que as vacinas recebidas hoje da Janssen representam “um número baixo”.

Hoje, a Johnson & Johnson anunciou que vai atrasar a entrega da vacina da Janssen contra o novo coronavírus em toda a Europa após a suspensão preventiva recomendada pelas autoridades dos EUA.

“Estamos analisando esses casos com as autoridades de saúde europeias. Tomamos a decisão de adiar proativamente a entrega de nossa vacina na Europa”, relatou a empresa em nota.

Apesar dos casos de coágulos, o diretor-geral da AIFA, Nicola Magrini, garantiu que “a vacina J&J é altamente segura com uma relação risco-benefício claramente favorável, conforme demonstrado pelos estudos”, mas “há muitas semelhanças com a vacina da AstraZeneca, portanto, as limitações são possíveis e razoável e provavelmente será a direção em que iremos todos juntos”.

“Os dados falam de eventos muito raros, seis casos de 7 milhões de vacinas, não altera a relação risco-benefício deste medicamento e uma pausa de grande cautela, talvez excessiva na fase pandêmica”, finalizou Magrini. (com dados da Ansa)

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.

Leia também outras matérias da nossa revista.



Comentários

ENQUETE

Loading poll ...

NOSSO E-BOOK GRÁTIS

SIGA NAS REDES

HORA E CLIMA EM ROMA

  • Sun Cloud
  • 19h48
fique por dentro

Não perca
nenhuma
notícia.

Cadastra-se na nossa ferramenta e receba diretamente no seu WhatsApp as últimas notícias da comunidade.