Um distrito de cerca de 200 habitantes situado no centro da Itália foi transformado em “zona vermelha” após a descoberta de um novo foco de disseminação do coronavírus Sars-CoV-2.
A medida foi tomada pelo prefeito de Lucoli, Valter Chiappini, e diz respeito ao distrito de Casamaina, que ficará em regime de isolamento pelo menos até o dia 1º de setembro.
Essa é a primeira instituição de uma “zona vermelha” na Itália desde o fim da quarentena no país, em 18 de maio, e coincide com o aumento dos novos casos em âmbito nacional.
Esse regime proíbe o acesso à área e prevê o fechamento de todas as repartições públicas, a não ser as que prestam serviços essenciais, além da suspensão das atividades produtivas e comerciais, com exceção de negócios de alimentos e itens de primeira necessidade.
“Estou preocupado, mas confiante, porque a situação está sob controle. É uma medida de precaução”, explicou o prefeito Chiappini, segundo o jornal Il Messaggero. Casamaina soma 10 casos positivos do Sars-CoV-2, dos quais um está no hospital.
Toda a população do distrito foi submetida a exames moleculares para o novo coronavírus e aguardam os resultados dos testes.
Crescimento
Após um longo período de queda na curva epidemiológica, a Itália voltou a registrar números de novos casos semelhantes aos do início de maio, antes do fim da quarentena.
Segundo o Ministério da Saúde, foram 1.411 contágios confirmados na quinta-feira (27), maior número desde 6 de maio. Além disso, o país totaliza 5.819 diagnósticos positivos entre domingo e quinta, 23,6% a mais que na semana passada inteira (4.707).
Até o momento, no entanto, a alta nos casos não teve impacto no número de mortes. O país registrou cinco óbitos na quinta, oito a menos que na última quarta-feira (26).
Isso pode ser explicado pela redução da idade média dos contaminados – as pessoas de até 40 anos são o novo vetor da pandemia – e pela melhoria dos tratamentos e das condições do sistema sanitário.
A Itália soma 263.949 casos e 35.463 óbitos desde o início da pandemia. (dados da Ansa)