O comissário para a Emergência de Covid-19 na Itália, Francesco Figliuolo, informou nesta terça-feira (6) que ainda há mais de 215 mil professores e trabalhadores de escolas que não se imunizaram contra a doença. “Estamos um pouco para trás, mas conseguimos acelerar muito [a vacinação] entre os que têm 70 a 80 anos. Agora, precisamos acelerar sobre os de 50 anos, sobretudo, convencer os 215 mil professores e operadores escolares que faltam para se vacinar e voltar à escola em segurança”, disse Figliuolo durante uma visita a um centro de vacinação de Roma.
Segundo o comissário, porém, sua equipe vai pedir um parecer ao Comitê Técnico-Científico (CTS), que analisa os dados da pandemia e faz cálculos sobre a disseminação da doença, sobre se é possível retornar às salas de aula mesmo com muitos professores não vacinados. Figliuolo explicou que já há informações sobre a situação epidemiológicas se todos estiverem protegidos.
Quem também se manifestou sobre o assunto foi o ministro da Educação, Patrizio Bianchi, que reafirmou sua visão de que “todos precisamos retornar presencialmente e estamos trabalhando para isso”.
“O comissário Figliuolo está trabalhando em marcha acelerada para poder vacinar todos. Nós temos como objetivo a presença e, em outra via, que todos estejam vacinados. Temos diversas ordens escolares e grupos que são responsáveis por organizar isso da melhor maneira possível, mas eu mantenho a meta: meu objetivo é a presença e o objetivo do Figliuolo é a vacinação”, afirmou aos jornalistas.
A volta às aulas foi um dos temas mais polêmicos na gestão da pandemia de Covid-19 no ano passado, com constantes discussões públicas – a Itália foi um dos últimos países da União Europeia a retomar os estudos presenciais, mesmo que de maneira híbrida. (com dados da Ansa)