Apresentador Rodrigo Faro é citado em jornal por fraude para obtenção de cidadania italiana

Uma operação denominada ‘Carioca’ deflagrada pela Polícia Metropolitana de Nápoles, prendeu seis pessoas na segunda-feira (27) na Itália por suposto envolvimento em um esquema de fraude para a obtenção de cidadania italiana por brasileiros. Falsos certificados de residência emitidos por funcionários da prefeitura de Villaricca, em Nápoles, teriam sido usados por personalidades conhecidas, como o apresentador da TV Record, Rodrigo Faro, e sua mulher, Vera Fiel; além do jogador de futebol Bruno Duarte, que atua no clube Farense, de Portugal.
Rodrigo Faro se manifestou em suas redes sociais e afirmou que “foi pego de surpresa com o suposto envolvimento deles num esquema de corrupção para obtenção de cidadania e passaporte italiano”.
Segundo o apresentador, ele e sua esposa foram vítimas do escritório e de sua equipe, “uma vez que contrataram o serviço de uma empresa supostamente legal, idônea e que seguia com os procedimentos de acordo com as leis italianas”.
Em nota, o ator afirmou que o processo [de obtenção de passaporte italiano] foi aprovado e os documentos foram emitidos. Faro acionou seus advogados no Brasil para que “os devidos responsáveis por esse suposto esquema de corrupção sejam devidamente punidos”.
Mais jogadores e empresários brasileiros do ramo de jóias foram citados. Entre os presos estão quatro funcionários municipais. Eles serão investigados por associação criminosa, falsificação de documento público e corrupção. Na casa de um dos servidores foram encontrados 100 mil euros (R$ 561 mil) em dinheiro.
Um homem e uma mulher brasileiros também foram presos. Os dois seriam proprietários de duas empresas intermediárias que coletavam pedidos para obter residência e cidadania.
Investigação
Segundo o jornal italiano ‘RaiNews’, a operação que teria supostamente a participação do apresentador Rodrigo Faro foi coordenada pelo Ministério Público de Nápoles Norte.
Segundo a investigação, que durou cerca de um ano, os crimes envolviam associação criminosa, falsificação de documentos públicos e corrupção, no município de Villaricca, região Sul da Itália.
O texto do Ministério Público afirma ainda que a atividade criminosa tinha como objetivo fazer com que os moradores parecessem cidadãos brasileiros que não estavam efetivamente presentes no município de Villaricca, permitindo-lhes assim solicitar a cidadania italiana.
“A atividade foi realizada em favor de sujeitos brasileiros, incluindo figuras conhecidas e proeminentes, como empresários, jogadores de futebol, apresentadores de programas de televisão brasileiros que, sua presença na área de Villaricca foi falsamente certificada no exterior”, afirmou o órgão.
O documento do Ministério diz ainda que foram aplicadas quatro medidas de prisão domiciliar contra funcionários públicos do Município de Villaricca, incluindo membros do cartório, bem como funcionários da Polícia Municipal do Município de Villaricca. (com dados de agências internacionais)