O primeiro dia de cessar-fogo teve ataque das FDI em Beirute até o último minuto, e o grupo islâmico lançou ataques de drones. Mas às 4h de hoje, 27/11, (horário local, 3h na Itália e 23h do dia 26 no Brasil), o cessar-fogo entrou em vigor no Líbano, após dois meses de guerra aberta entre o exército israelense e a organização libanesa Hezbollah.
De acordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a duração do acordo, que deve ser de 60 dias, vai depender “do que acontecer” em Beirute, pois se o grupo xiita “romper” o pacto, Netanyahu, prometeu que as forças do país voltarão com os ataques. O acordo representa um motivo de “esperança” para “mais de um milhão de civis libaneses e israelitas” deslocados.
Entretanto, Netanyahu deixou claro que caso o Hezbollah rompa o acordo e tente novamente se armar, Israel atacará. “Se tentar reconstruir a infraestrutura terrorista perto da fronteira, atacaremos. Se lançar foguetes ou se cavar túneis, nós atacaremos”, afirmou Netanyahu.
Em seu discurso, Netanyahu ainda avaliou que o Hezbollah “já não é o que era antes” e impôs um retrocesso de “décadas” no movimento. Além disso, o primeiro-ministro mencionou que, “com total entendimento entre Israel e Estados Unidos”, manterá “total liberdade militar” no Líbano.
O cessar-fogo temporário no Líbano veio após o conflito na região deixar pelo menos 3,7 mil mortos, incluindo o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e por volta de um milhão de deslocados no sul da nação, de acordo com o Ministério da Saúde local.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, disse ter ordenado ao exército que tomasse medidas “fortes” para impedir que o que ele descreveu como membros do Hezbollah entrassem nas aldeias fronteiriças onde as tropas israelenses ainda podem estar operando, segundo o jornal Times of Israel.
“Devido à entrada de membros do Hezbollah em Kfar Kila, foi ordenado aos militares que agissem de forma enérgica e intransigente contra acontecimentos deste tipo”, afirmou o Ministério da Defesa em um comunicado. Os membros do Hezbollah devem ser impedidos de chegar a áreas no sul do Líbano onde as FDI continuam a proibir viagens.
O vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, celebrou nesta terça-feira, 26/11, o cessar-fogo do conflito no Líbano entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. “Orgulho de ter dado uma contribuição decisiva para este importante resultado para a paz no Oriente Médio”, disse Tajani.
(dados da Ansa e Corriere della Sera)