A Guarda de Finanças de Bari deflagrou nesta sexta-feira (24) uma operação de buscas contra sete pessoas, entre empresários e o funcionário da região da Puglia Antonio Mercurio, no âmbito do inquérito que apura irregularidades na construção de um hospital de campanha para pacientes com covid-19, feita há cerca de um ano na Fiera del Levante. As autoridades investigam todos os suspeitos um dia após a prisão do ex-executivo da Defesa Civil Regional Mario Antonio Lerario, pelos supostos crimes de corrupção e falsificação.
A operação do Ministério Público de Bari é coordenada pelo procurador Roberto Rossi, em parceria com o adjunto Alessio Coccioli, e afeta Francesco Girardi, de Acquaviva delle Fonti; Antonio Illuzzi, de Giovinazzo; Luca Ciro Giovanni Leccese, de Foggia; Donato Mottola, de Noci; Domenico Tancredi, de Altamura; e Sigismondo Zema, de Bari.
Os alvos do inquérito são todos empresários e técnicos acusados de corrupção. A investigação ao hospital diz respeito ao procedimento de adjudicação das obras e aos custos da construção. Inicialmente o valor era estimado em cerca de 9 milhões de euros, mas depois aumentou para mais de 17 milhões.
O hospital, cuja gestão está a cargo do Policlínico de Bari, foi construído há um ano em 45 dias em três pavilhões da Fiera del Levante. A estrutura foi requisitada em novembro de 2020 pela Prefeitura para agilizar o processo de tratamento de pacientes e contém 152 unidades de terapia intensiva para cuidados da Covid-19.
Mercurio é o único responsável pelo procedimento da construção do hospital anti-covid na Feira de Bari e também foi revistado por violação e falsificação de leilão.
Já Lerario foi preso por corrupção, após ter embolsado um suposto suborno de 10 mil euros de um dos empresários. Ele, inclusive, chegou a ter seus áudios e vídeos ambientais, até no seu carro, interceptados. Com isso, os investigadores descobriram a entrega de um envelope com o dinheiro, que o levou à sua prisão. (com dados da Ansa)