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Guarda de Finanças da Itália vem ao Brasil aprimorar conhecimentos

09 de abril de 2025 - Por Comunità Italiana
Guarda de Finanças da Itália vem ao Brasil aprimorar conhecimentos

Maurício Cannone

O general Vito Augelli é comandante de todas as escolas da Guardia di Finanza, Guarda de Finança em tradução livre. A Guarda de Finanças, na Itália, é força policial com regulamentos militares. É diretamente dependente do Ministério da Economia e das Finanças e funcionalmente do Ministério do Interior para as atividades de contribuição para a manutenção da ordem e da segurança públicas. Para a defesa militar do território, depende funcionalmente do Ministério da Defesa. É polícia económica e financeira e polícia judiciária. Tem funções como reprimir o contrabando, lutar contra a evasão fiscal, contra o tráfico de drogas.

Em conversa com Comunità no quiosque Amor, em Copacabana, o próprio Vito Augelli explicou o motivo de sua vinda e de outros oficiais da Guarda de Finanças ao país:

— Estamos no Brasil para o 52º curso de polícia econômico-financeira, que é ciclo de estudos superiores muito importante que organiza a Guarda de Finança. É reservado a oficiais que superam concurso muito seletivo. Os lugares geralmente são oito por ano ao qual podem participar tenentes-coronéis que tenham certa antiguidade no posto. Ao término desses dois anos acadêmicos, os oficiais que superam esse curso adquirem título, o qual é o mais importante da alta direção na Guarda de Finança. Permite fazer carreira muito importante.

Cursos no exterior também estão no currículo, como destaca o general:

— No período do curso, que dura dois anos acadêmicos, 18 meses, são previstas também missões de estudo no exterior, seja em âmbito europeu ou seja fora da Europa, para nos confrontarmos pelas melhores práticas de colaboração de força de polícia entre o nosso país e outros países com os quais a Itália tem relações. Este ano, o Comando Geral decidiu que essa missão de aprofundamento de estudo seja realizada no Brasil. São relações de colaboração estreitos. Foram até assinados memorandos de entendimento entre as principais polícias do Brasil e a Guarda de Finança. Com a Polícia Federal, também há encontros com a Polícia Civil, a Polícia Militar de Estados, com a Receita Federal.

O militar elogiou os lugares que visitou:

— Voltamos para a Itália certamente mais enriquecidos de conhecimento de quando chegamos aqui. Estivemos em Brasília, onde tivemos encontros com altos comandos de instituições federais e agora estamos no Rio de Janeiro onde tivemos o prazer de saudar o cônsul-geral Massimiliano Iacchini e estamos conhecendo polícias do Estado do Rio de Janeiro.

No Rio, Augelli e sua equipe conheceram o Comando da Polícia Militar; Centro Integrado de Comando e Controle do Rio de Janeiro; Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), a Receita Federal. Além do posto alfandegário e portuário no Porto do Rio de Janeiro da Receita Federal situado na Cidade Maravilhosa. Também estiveram em famosos pontos turísticos cariocas como Floresta da Tijuca, Pão-de-Açúcar, Cristo Redentor, Sambódromo. Visitaram ainda a sede da Enel, empresa italiana de distribuição de energia elétrica. Foram recebidos por Francesco Moliterni, presidente da empresa no estado do Rio de Janeiro.

Antes do Rio, estiveram em Brasília. Na Embaixada da Itália, foram recepcionados pelo embaixador Alessandro Cortese. Visitaram o Comando da Polícia Civil, o Comando Geral da Polícia Federal, a Controladoria Geral da União (CGU), o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), a Academia de Polícia Federal, a Receita Federal, o Congresso Nacional.

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Augelli aponta semelhanças entre Brasil e Itália:

— As dinâmicas criminais são muito semelhantes. Constatamos que também no Brasil é importante seguir o fluxo dos patrimônios. Os patrimônios financeiros, os ativos financeiros. A criminalidade organizada, nos setores dos narcóticos, no setor da lavagem de dinheiro, no setor do contrabando não se combate eficazmente se não se adotam medidas de agressão patrimonial dos ativos que essa criminalidade, que também se aproveita de laranjas, consegue por de lado. Verificamos que no Brasil, além da Itália, há essa grande atenção de seguir os patrimônios ilícitos. Era e é a lição do nosso magistrado herói Giovanni Falcone, que primeiramente entendeu a importância do “follow the money”, seguir os fluxos do dinheiro para poder erradicar as organizações criminais. Encontramos no Brasil colegas muito preparados, muito bons.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.

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