Florença se destaca como a sede do G7 Turismo, a partir desta quinta-feira, 14/11. A capital toscana, uma das cidades mais visitadas do mundo, torna-se o emblema do turismo em crescimento incontrolável e recebe os líderes sob protestos contra o turismo na cidade.
Capacetes, guarda-chuvas, faixas com os dizeres “Florença está morrendo de turismo selvagem e especulação” e “Especulação em andamento” e bombas de fumaça. Foi assim que ocorreu uma manifestação na Piazza Santa Maria Soprarno, a poucos passos da Ponte Vecchio, com cerca de vinte ativistas da Save Florence, no dia que a cidade recebeu o G7 de turismo.
A cupula do G7 foi aberta com uma mensagem de renovação. “Tal como o Renascimento, é um momento de renascimento e de inovação, também o turismo é chamado a uma renovação profunda que olha para o futuro, mas sem esquecer as raízes históricas e culturais que o unem”, declarou a ministra do Turismo da Itália, Daniela Santanché.
Por outro lado, os organizadores da manifestação declaram que “em Florença conhecemos bem os efeitos do turismo como motor do crescimento econômico. O turismo excessivo levou a uma expansão descontrolada dos arrendamentos de curta duração, a um aumento nos custos imobiliários e de aluguel, à venda de bens públicos”.
Ministros e chefes de delegação de Canadá, França, Alemanha, Japão, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia se reúnem até o dia 15 de novembro para elaborar uma sólida posição compartilhada” que sirva de guia para o futuro da indústria do turismo e “tornar o setor mais sustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental em um contexto de tecnologias em rápida evolução”.
Após o primeiro dia, os políticos embarcaram em um trem turístico da FS Treni Turistici Italiani com destino à encantadora aldeia toscana de Monteriggioni, na província de Siena. O objetivo do passeio era destacar que o sempre representou uma ferramenta para descobrir e valorizar os espaços internos da Itália e para consolidar o segmento estratégico do turismo lento, em uma perspectiva de circularidade e sustentabilidade.
A Save Florence defende que as restrições tomadas para preservar as áreas da UNESCO devem ser aplicadas em toda a cidade. “O paradigma tem de mudar, Florença não consegue lidar com este fluxo de turistas e com a especulação imobiliária que o ex-presidente da Câmara Nardella atraiu esta cidade na última década. A cidade deve ser capaz de receber um número de turistas tolerável para os residentes e para quem nela trabalha”.
(dados da Ansa, Rai e La Repubblica)