Além do texto assinado e de algumas divergências durante as sessões, o primeiro dia de G20 foi marcado por alguns acontecimentos.
Aliança UE e África do Sul
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, lançaram no último domingo, 17/11, às vésperas da cúpula do G20, a campanha global “Fortalecendo as energias renováveis na África”.
A iniciativa tem como meta manter um impulso mais amplo rumo aos objetivos firmados durante a COP28 em Dubai, quando foi estabelecido o ambicioso plano de triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética em todo o mundo, e mobilizar o investimento em energias renováveis na África, para explorar o seu enorme potencial. Segundo Ramaphosa, “uma introdução massiva de energias renováveis em todo o nosso continente permitiria que muitos países impulsionassem as suas economias para um caminho de desenvolvimento de energia limpa.”
Quando o tópico energias for debatido, von der Leyen convidará os líderes a unirem forças em um novo Fórum Global de Transição Energética. “A jornada da África rumo à energia limpa está ganhando velocidade. Estamos orgulhosos de fazer parte dela. A Europa investiu maciçamente em projetos de energias renováveis na África com o Global Gateway”, afirmou von der Leyen.
Brasil e Argentina e o gás de Vaca Muerta
Mesmo com relação entre o presidente Lula e Javier Milei abalada, os governo fecharam um memorando para a exportação de gás natural do campo de Vaca Muerta. O fornecimento terá início a partir do próximo ano. O acordo foi assinado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira e prevê a criação de “um grupo de trabalho bilateral para identificar as medidas necessárias para facilitar o fornecimento de gás natural argentino”.
“Essa é uma importante entrega do programa Gás Para Empregar, que criamos com o objetivo de aumentar a oferta de gás natural e promover a reindustrialização do país”, afirmou Silveira.
Lula critica Conselho de Segurança
Durante a segunda sessão da Cúpula do G20 presidente Lula cobrou a reforma dos organismos de governança global para garantir a estabilidade mundial. Além disso, ele disse que as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza são reflexo da “omissão” do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Durante o discurso, Lula declarou que após a crise econômica de 2008, o mundo “escolheu salvar os bancos ao invés das pessoas” e “priorizou economias centrais em vez de apoiar países em desenvolvimento”.
O presidente também afirmou, mais uma vez, que a “omissão” do Conselho de Segurança da ONU é uma “ameaça para a paz e a segurança internacional”. Além disso, voltou a criticar a existência de membros permanentes e o poder de veto.
Foto oficial
A foto oficial, tirada nesta segunda-feira, 18/11, entre os líderes presentes na Cúpula contou com algumas ausências ilustres. O presidente dos EUA, Joe Biden e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, se atrasaram para o compromisso por causa uma reunião bilateral às margens da cúpula.
Outra figura que não estampou a fotografia foi Georgia Meloni, primeira-ministra da Itália. O motivo, porém, não ficou claro até o momento.
(Dados da Ansa e CNN Brasil)