Um formulário para a vacinação contra a covid-19 em um centro de saúde da Itália, que considera os homossexuais uma categoria de risco, juntamente com dependentes químicos e prostitutas, provocou polêmica no país na quinta-feira (11). O centro de saúde de La Spezia, localidade portuária de Liguria (noroeste), destacou em um documento oficial que “os indivíduos com condutas de risco: dependentes químicos, prostitutas, homossexuais”, deviam ser incluídos na campanha de vacinação.
O caso foi denunciado e gerou a indignação de funcionários locais e nacionais, tanto de esquerda quanto de direita, além de associações de defesa dos direitos dos homossexuais.
“É um erro inaceitável e discriminatório”, admitiu em um comunicado o presidente da região de Liguria, Giovanni Toti, que determinou a investigação imediata do caso.
O erro foi cometido por um funcionário do centro de saúde, que copiou e colou a fórmula usada pelo ministério da Saúde para diferentes imunizações.
Segundo a agência ‘Afp’, o manual para vacinas na página na internet do ministério da Saúde da Itália, atualizada em fevereiro de 2021, posiciona efetivamente os homossexuais como uma categoria de risco, assim como os dependentes químicos e as prostitutas.
O ministério informou que se tratam de “condutas que determinam riscos e não da orientação sexual”.
O ministério assegurou que o formulário copiado pelo centro de saúde de La Spezia provém de “um documento antigo, usado para as doações de sangue” e antecipou que o hábito de se basear em formulários antigos será corrigido. (com dados da Afp)