Exército homenageia 79 anos da FEB na Itália

Francesco Azzarello, embaixador da Itália no Brasil se despede do país onde serviu nos últimos quatro anos deixando muitas saudades. E não faltaram homenagens. Na quarta-feira (20) passada recebeu a medalha Tiradentes na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e nesta quinta o título de cidadão honorário de Niterói além de no mesmo dia e na mesma cidade ter sido convidado de honra para cerimônia especial.

No histórico Forte Barão do Rio Branco comemoraram-se 79 anos do primeiro tiro de artilharia dado pela Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial em sua campanha na Itália, como lembrou a Comunità Flávio Henrique Pinheiro da Costa, comandante do 21º GAC, Grupo de Artilharia em Campanha, Monte Bastione, do Forte Rio Branco.
A presença do embaixador Azzarello na cerimônia não se deu por acaso, como destacou outro militar brasileiro que ocupa importante cargo:
— O Brasil se irmanou aos partisans italianos na luta contra o nazifascismo — explica a Comunità o general André Luís Novaes Miranda, comandante militar do Leste. — Assim resolvemos convidar o embaixador Azzarello — ressaltou.
A diplomacia italiana também foi representada no evento pelo Cônsul Geral da Itália no Rio de Janeiro, Massimiliano Iacchini.

Houve tocantes homenagens a militares brasileiros mortos em combate durante a Segunda Grande Guerra. Além de vítimas de navios torpedeados na costa brasileira por forças nazistas. Os ataques culminaram com a entrada do Brasil no conflito ao lado dos Aliados:
— Navios como o Baependy e Itagiba foram afundados. Getúlio Vargas, presidente do Brasil na época, não teve alternativa senão declarar guerra ao Eixo — recordou o comandante Flávio Henrique.
O mesmo militar não esqueceu de lembrar heróis da pátria:
— Dos 25.334 militares que foram para a Itália, cerca de 450 não voltaram. O Brasil lutou lá bravamente.
O general Novaes fez questão de lembrar dos oriundi que lá estiveram:
— Havia brasileiros de várias raças na guerra. Brancos, pretos, descendentes de japoneses, de italianos. Estavam todos do mesmo lado.
Salvas de canhões, tiros de fuzil. Não havia como não se emocionar também com a Canção do Expedicionário, verdadeiro hino dos militares brasileiros que lutaram na Segunda Guerra. E a festa não ficaria completa sem a música da Orquestra Municipal de São Gonçalo, cidade próxima a Niterói. O ponto alto foi a canção Mia Gioconda, que celebra a paixão de um soldado brasileiro que se apaixona por uma italiana durante a campanha da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no Belpaese.