Escombros de povoado submerso em 1950 ressurgem na Itália

Obras de manutenção no local causaram a drenagem temporária das águas, que costumam revelar somente a torre de uma igreja do século XIV
Os restos do povoado de Curon, inundado em 1950 para aumentar a produção de energia hidrelétrica, ressurgiram depois da drenagem do lago artificial de Resia, localizado na comuna italiana de Curon Verona, na província de Tirol do Sul, no norte da Itália, durante uma obra de manutenção no reservatório local.

Curon estava na confluência de dois lagos naturais no vale de Vinschgau e foi inundado há 70 anos, permitindo que a usina hidrelétrica de Glorenza gerasse 250 milhões de quilowatts-hora ao ano para as indústrias da região.
No fundo do novo lago ficaram mais de 160 casas, cujos moradores, na época, receberam novas moradias. Atualmente, o povoado normalmente tem como único vestígio a torre de uma igreja que emerge imponente, chamando a atenção dos turistas.

Localizado ao norte do país europeu, na região dos Alpes que faz fronteira com a Áustria e com a Suíça, o lago é conhecido pela torre de uma igreja do século XIV, que se destaca no espelho formado por suas águas geladas. O cenário foi inspiração para a série de terror “Curon”, da Netflix, que conta a história de uma mãe e seus filhos gêmeos, quando a mulher retorna para a cidade.

Durante o verão, é comum ver pessoas caminhando ao redor do lago, segundo o portal ‘BBC’, enquanto no inverno, com as águas congeladas, há a possibilidade de caminhar pela superfície e chegar até a famosa torre.
Agora, porém, em plena primavera europeia, o local está passando por obras de manutenção e, por isso, suas águas foram drenadas. Assim, é possível ver o que restou da vila de Curon, cuja população era de centenas de pessoas antes de ser alagada para a criação da usina hidrelétrica, em 1950.

Porões, paredes, degraus e buracos são visíveis entre os escombros. Em imagens compartilhadas nas redes sociais, é possível identificar os restos da cidade que abrigou uma civilização, próximos do leito do Lago de Resia e da torre da igreja. (com dados da Época e BBC)