Brasil e Itália assinaram, nesta terça-feira (14), um acordo de cooperação através da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), uma empresa voltada para a inovação, que foca na geração de conhecimentos e tecnologias para a agropecuária brasileira.
O acordo foi selado em uma reunião na sede da empresa, em Brasília. Segundo o presidente da Embrapa, Celso Luiz Moretti, o acordo de cooperação funcionará para os próximos cinco anos, como forma de desenvolver projetos em conjunto e promover um intercâmbio de pesquisadores.
“Nós trocamos várias impressões sobre áreas fundamentais para o desenvolvimento sustentável e competitivo da agricultura brasileira, como na questão de bioprodutos, biodiversidades, mudanças climáticas, biotecnologia, entre outras. Não tenho dúvida de que esse acordo vai contribuir tanto para a agricultura brasileira quanto para a italiana”, disse Moretti.
Também presente no encontro, a presidente do Conselho Nacional de Pesquisas (CNR), Maria Chiara Carrozza, afirmou que a colaboração entre pesquisadores dos dois países pode contribuir para o combate às mudanças climáticas, tema bastante debatido na reunião.
“Devemos antecipar o impacto das atividades humanas e sociais sobre o meio ambiente, especialmente em áreas protegidas” no Brasil, defende Carrozza, que ontem discutiu o assunto com a ministra da Ciência e Tecnologia do Brasil, Luciana Santos, no Fórum Nacional do Conselho dos Secretários de Estado para Assuntos de Ciência e Tecnologia.
“Vou trazer muitos sinais positivos para a Itália, a Itália precisa redescobrir o Brasil”, sublinha Carrozza, anunciando que, nesse contexto de reaproximação, a Itália poderá receber profissionais brasileiros, bem como enviar seus pesquisadores para a Amazônia.
Para o embaixador italiano no país, Francesco Azzarello, que também esteve presente no Fórum Nacional do Conselho dos Secretários de Estado para Assuntos de Ciência e Tecnologia do dia anterior, o encontro estreitou os laços já existentes entre os dois países. “Estamos prontos para estender as parcerias com o Brasil na área de ciência e tecnologia, seja em intercâmbio em pesquisas ou em cooperação tecnológico-industriais”, afirmou.
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