Em reunião, líderes do G7 prometem ajudar Ucrânia a combater frio e fome no inverno

O grupo de países do G7 anunciou na quinta-feira (3) que está determinado a impedir a Rússia de fazer os ucranianos “passarem fome” e “congelarem” durante este inverno no hemisfério norte. “Não permitiremos que a brutalidade desta guerra leve ao assassinato em massa de idosos e crianças, jovens e famílias nos meses de inverno”, disse a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, em seu discurso de abertura na reunião ministerial de Munster.
O encontro reúne os chanceleres dos países mais industrializados do mundo – Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Reino Unido, Itália e Alemanha – para debater alternativas para reforçar o apoio a Kiev.
Segundo Baerbock, o líder russo, Vladimir Putin, “escolheu um novo método de guerra, tentando deixar as pessoas morrer de fome, morrer de sede e congelar até à morte, atacando deliberadamente as infraestruturas civis”.
“É exatamente isso que nós, como parceiros do G7, tentaremos evitar com tudo o que temos”, acrescentou a alemã, lembrando que é preciso “rejeitar as ações de Putin que violam todas as regras na Ucrânia”.
O G7 discutiu a coordenação de ações de apoio aos ucranianos em vista do inverno, principalmente em decorrência dos danos causados pelos ataques russos nas redes elétricas e no abastecimento de água.
“Apesar de um apagão que interrompe a conexão, consegui entrar em contato com os chanceleres do G7. Sinais-chave: transformadores de energia, defesas aéreas e antimísseis, tanques padrão da OTAN, novas armas para apoiar as ofensivas da Ucrânia, sanções, responsabilidade pelo crime de agressão contra a Ucrânia”, escreveu o ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, no Twitter, após a reunião.
Kulebra enfatizou ainda que “mostrou parte de um drone de fabricação iraniana que atingiu recentemente Kiev”. Para ele, “o Irã deve parar de fornecer à Rússia armas usadas para matar ucranianos ou enfrentar a pressão global e consequências ainda mais duras”.
A reunião também foi marcada pela estreia do novo chanceler da Itália, Antonio Tajani, que ressaltou que “existe uma visão comum de todo o G7 para a defesa da democracia do Estado de direito também em relação à Rússia, portanto, uma unidade substancial na defesa da independência da Ucrânia”.
No que diz respeito às novas medidas de apoio em termos militares, também por parte da Itália, Tajani recordou a aprovação recente do “quinto pacote” e assegurou que continuará a agir “de comum acordo com a Otan e a UE para apoiar a independência da Ucrânia”.
“Não há paz com uma invasão e devemos impedi-la, ajudando este país de várias maneiras, e depois tentar favorecer um acordo de paz”, concluiu o italiano. (com dados da Ansa)