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Deputada italiana diz que morte de Marielle foi ‘execução’

16 de março de 2018 - Por Fernanda Queiroz
Deputada italiana diz que morte de Marielle foi ‘execução’

 

A presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Laura Boldrini, lamentou hoje (16) a morte da vereadora brasileira Marielle Franco, do PSOL, assassinada no Rio de Janeiro com quatro tiros na cabeça.




“‘Não é não. Não é não’, era o slogan que Marielle Franco tatuou em seu braço. Não à violência contra as mulheres, não à discriminação e não à marginalização”, escreveu a deputada, em seu Twitter. “Ela foi executada. Agora somos nós que temos de dizer não ao silêncio. Devemos falar de Marielle para não nos esquecermos”, acrescentou.

Investigação do crime

A polícia do Rio de Janeiro conseguiu identificar a placa de um carro que pode ter sido usado no assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, do PSOL. De acordo com os investigadores, imagens de câmeras de segurança da região da Lapa mostraram dois homens parados dentro de um carro, por cerca de duras horas, perto da Casa das Pretas, onde a vereadora esteve antes de ser morta. Pelas imagens, o carro, com registro em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, seguiu Marielle.

Os homens também foram filmados falando ao celular dentro do veículo. A polícia está tentando identificar os dados das operadoras de celular. Existe a hipótese de mais dois veículos terem participado do crime, ocorrido na noite de quarta-feira (14). Isso porque as câmeras de segurança registraram momentos em que automóveis trocaram “sinais de farol” quando a vereadora estava saindo da Casa das Pretas. Depois de 3km ou 4km, o carro de Marielle foi atingido por balas disparados pelo outro veículo.

O assassinato de Marielle

Marielle, de 38 anos, e seu motorista, Anderson Pedro Gomes, de 39 anos, foram mortos a tiros – quatro contra a cabeça da vereadora e três que atingiram as costas do motorista -. Uma assessora da política, que também estava no veículo, foi atingida por estilhaços e conseguiu escapar. Nada foi roubado, o que indica para uma execução. A munição da pistola 9 mm usada no crime veio de um lote vendido para a Polícia Federal de Brasília em 2006. De acordo com a imprensa local, as polícias Civil e Federal iniciarão uma investigação para descobrir se teve desvio do material. O lote de munição UZZ-18 é original, ou seja, não teve recarga. Uma nova perícia ontem constatou que foram disparados 13 tiros contra o carro. Todos para o lado direito do carro, onde Marielle estava sentada no banco traseiro. (ANSA)

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