Deu-se início, nesta segunda-feira 25/11, na região do Lazio, na Itália, a cúpula de dois dias dos ministros das Relações Exteriores do G7. O foco das reuniões é debater as principais questões internacionais, incluindo as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio.
O encontro acontece nas cidades de Anagni e Fiuggi e tem como objetivo chegar a uma posição única do bloco sobre o mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por supostos crimes de guerra na Faixa de Gaza. “Eu disse que precisávamos ter uma posição única sobre a decisão do TPI sobre Netanyahu, conversamos e veremos se conseguimos ter uma parte da declaração dedicada a isso”, declarou o vice-primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani.
Segundo ele, os líderes políticos trabalham “para encontrar um acordo”, sendo que a posição da Itália é clara. “Queremos chegar a um acordo com os outros países do G7 para ter uma posição unida. O problema também é político, não é só uma questão de justiça”, concluiu.
Tajani, que é o anfitrião, se reuniu com os seus homólogos do G7, no Palazzo della Ragione, para uma primeira sessão de trabalho dedicada à situação no Oriente Médio. De acordo com o ele, serão discutidas com os parceiros formas de apoiar os esforços para parar um elevado nível de ataques em Gaza e no Líbano, iniciativas para apoiar a população e promover uma solução política para a estabilidade da região.
Os debates em Fiuggi terão uma sessão de diálogo estendida aos ministros da Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Emirados Árabes Unidos e Catar, além do secretário-geral da Liga Árabe. Ontem, ao final do primeiro dia de trabalho e por ocasião do Dia Internacional da Eliminação da Violência contra as Mulheres, os ministros do G7 participaram na cerimônia de inauguração de um banco vermelho, onde também foi colocada uma placa comemorativa.
O segundo dia útil será dedicado à Ucrânia e contará com a presença do Ministro das Relações Exteriores do país, Andrij Sybiha. Também estão na pauta questões sobre o Indo-Pacífico e a África.
Por causa da reunião, as autoridades italianas reforçaram a segurança na região. As delegações de Itália, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Japão e a equipe do atual secretário de Estado americano, Antony Blinken, estão em Fiuggi com uma equipe de segurança extensa, com cerca de 1.500 homens (entre policiais e carabinieri). O espaço aéreo foi fechado, incluindo a proibição para drones.
(dadoas da Ansa e Corriere della Sera)