Crime no terremoto de Ischia pode ser investigado

O terremoto em Ischia pode levar a uma investigação contra a cidade, por homicídio culposo
Na segunda-feira (21) a Ilha de Ischia, em Nápoles foi atingida por um terremoto que matou 2 pessoas.
Agora a Procuradoria de Nápoles está pensando na possibilidade de iniciar uma investigação por homicídio culposo e homicídio múltiplo culposo, que não há a intenção de matar.
A Proteção Civil havia feito uma acusação alegando que a cidade havia permitido que as casas fossem construídas com materiais de “baixa qualidade, que não correspondem às normativas vigentes”.
De acordo com Giovanni Melillo, procurado da cidade, os dois homicídios “estão no quadro ordinário das avaliações possíveis neste momento”. Procurado pela emissora “Radio 1”, ele disse que o atual quadro “é complexo e é necessário fazer aprofundamentos”.
Sobre as denúncias feitas pela Proteção Civil, ele afirmou que “não fogem os custos sociais que, também nessa situação, aparecem e mostram ser fenômenos graves como o da construção ilegal e dos abusos”.
Já o prefeito de Ischia, Enzo Ferrandino, foi contra as acusações e disse que a localidade “não é uma coletividade de abusos”. “Falem como estão as coisas de verdade”.
Mensagem do Papa
Nesta quarta-feira, durante a tradicional audiência geral, o papa mandou uma mensagem aos moradores de Ischia.
“Levo meu pensamento e exprimo uma afetuosa proximidade a aqueles que sofrem por conta do terremoto que segunda-feira atingiu a ilha de Ischia. Rezemos pelos mortos, pelos feridos, por seus respectivos familiares e pelas pessoas que perderam suas casa”, disse o Pontífice.
Irmão herói
O pequeno Ciro Marmolo, 11 anos, foi um dos grandes heróis ao salvar seu irmão durante o terremoto. Ele contou como se sentiu e como foi passar 16 horas embaixo dos escombros.
“O meu primeiro pensamento quando eu vi a luz novamente foi Deus. Agora ele existe, eu pensei. Quando soube que o mais novo dos meus irmãos estava bem, tomei coragem e pensei: preciso fazer isso”, disse o menino no leito do hospital Rizzoli, em Lacco Ameno. (ANSA)