A corrida para as compras de presentes de Natal levou uma multidão às ruas na Itália no sábado(19), no último fim de semana antes do governo classificar o país como zona vermelha de risco de transmissão do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Os deslocamentos provocaram aglomerações em todas as cidades italianas, assustando especialistas e o governo nacional, que anunciou um lockdown durante as vésperas e os feriados entre 24 de dezembro e 6 de janeiro de 2021.
Apesar da pandemia registrar uma desaceleração nos últimos dias no país, o número de casos e vítimas da Covid-19 ainda são preocupantes, mas ainda assim milhares de pessoas invadiram a via del Corso, em Roma, – até então parcialmente fechada como a Piazza Navona. O êxodo que se temia nas estações e nas rodovias, porém, não ocorreu, com os controles extraordinários já instalados.
O governo italiano, no entanto, espera por um dia critico na próxima segunda-feira (21), já que poucos dias depois não será mais possível se deslocar entre as regiões. No centro de Roma foi registrada uma multidão para fazer compras de Natal. O fechamento momentâneo do tráfego de pedestres na via del Corso, no Largo Goldoni, foi acionado para permitir o fluxo de pessoas. A polícia local fez patrulhamento nas pontes de Lungotevere para facilitar a circulação.
Já em Bolonha, muitas pessoas invadiram as ruas do centro histórico da cidade, tendo em vista as restrições que entrarão em vigor a partir de quinta-feira(24). Na via Indipendenza, na via Rizzoli, na via Farini e nas ruas ao redor da piazza Maggiore, muitas pessoas aproveitaram para visitarem diversas lojas e centros comerciais. Os bares da região também ficaram lotados.
O mesmo cenário se repetiu em Milão, onde a Piazza Duomo ficou repleta de famílias e casais. Vários bares e restaurantes também ficaram lotados. Filas se formaram em frente a muitas lojas, como Gucci e Louis Vuitton, onde a polícia local regulamentou as entradas. “Um verdadeiro delírio pré-natalino inédito em um período de pandemia”, definiu um idoso morador da região. (com dados da Ansa)