Conheça as 5 produções brasileiras presentes na 78ª edição do Festival de Cinema de Veneza

Na quarta-feira (1º), o Festival Internacional de Cinema de Veneza deu início à sua 78ª edição, no tradicional Lido. A mostra cinematográfica acontece até o dia 11, reunindo projetos muito aguardados tanto pela crítica quanto pelo público. O Brasil está presente com 5 filmes – um deles em disputa pelo Leão de Ouro – na programação do festival, que promete ser um termômetro para a próxima temporada de premiações.
Confira a lista das 5 produções brasileiras presentes no Festival de Cinema de Veneza
7 Prisioneiros
Novo filme de Alexandre Moratto (Sócrates) para a Netflix, 7 Prisioneiros conta a história de Mateus (Christian Malheiros), um jovem que, determinado a ter uma vida melhor, deixa o interior para trabalhar em um ferro velho de São Paulo, comandado por Luca (Rodrigo Santoro). Porém, ao chegar lá, ele se torna vítima de um sistema análogo à escravidão, sendo obrigado a escolher entre continuar nessa situação ou arriscar o futuro de sua família. Produzido por Fernando Meirelles (Cidade de Deus) e Ramin Bahrani (O Tigre Branco), o longa concorre ao recém-criado prêmio Horizontes Extra, que funciona por júri popular e reúne projetos de diferentes gêneros e duração.
Deserto Particular
Aly Muritiba, que ganhou três Kikitos no Festival de Gramado 2021 com Jesus Kid, estreia seu longa Deserto Particular na seção Jornada dos Autores (ou Venice Days). Descrita como um melodrama sobre afetos masculinos, a obra acompanha Daniel (Antonio Saboia), um policial que é afastado do ofício após cometer um erro grave. Ele fala pouco e quase não sorri, de forma que sua única alegria está na misteriosa Sara, uma moça que mora no sertão baiano e com quem ele se relaciona virtualmente. Quando a mesma desaparece sem grandes explicações, Daniel decide atravessar o país em busca de sua amada. O elenco ainda inclui Pedro Fasanaro, Thomas Aquino, Laila Garrin e Cynthia Senek.
Ato
Bárbara Paz está de volta ao Lido. A atriz e diretora já ganhou o Leão de Melhor Documentário por Babenco, Alguém tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou. Dessa vez, ela exibe o curta Ato, que não disputa prêmio, mas que foi selecionado para a categoria Horizontes Curtas. Em seu primeiro filme de ficção – feito durante a pandemia de covid-19 –, Bárbara nos apresenta a Ava (Alessandra Maestrini), uma profissional do afeto que vive em um futuro cheio de solidão. Eduardo Moreira completa o elenco, e o roteiro é do cineasta Cao Guimarães (Andarilho).
A Salamandra
Primeiro longa dirigido por Alex de Carvalho – pernambucano radicado em Londres –, A Salamandra participa da mostra paralela conhecida como Semana da Crítica. Coprodução entre Brasil, França e Alemanha, o filme é estrelado pela francesa Marina Foïs (Polissia), na pele de uma mulher com problemas emocionais que se muda para Recife. Lá, ela vive uma história de amor improvável com um rapaz mais novo (Maicon Rodrigues). O elenco também inclui Bruno Garcia, Anna Mouglalis e Allan Souza Lima. Adaptado de um romance francês escrito por Jean-Christophe Rufin, o roteiro é assinado pelo próprio diretor, ao lado Thomas Bidegain e Alix Delaporte.
Lavrynthos
Outra presença brasileira em Veneza é o curta Lavrynthos, de Fabio Rychter e Amir Admoni. Exibida na seção Biennale College Cinema – Realidade Virtual e depois no programa Venice VR Expanded, a animação nos leva para dentro do labirinto de Creta, onde uma relação inusitada se desenvolve entre o Minotauro e uma garota chamada Cora, sua próxima refeição. Com voz original de Alice Braga, a trama usa o meio mais moderno de contar histórias para representar um mito grego de 3 mil anos, atualizando seus temas e bagunçando os sentidos do público.