O vice-primeiro ministro e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta segunda-feira, 30/09, que vai apresentar um projeto para alterar as regras de cidadania por direito de sangue (jus sanguinis).
O país está dividido em um debate para facilitar o reconhecimento da cidadania para filhos de imigrantes por meio do chamado “jus scholae” (“direito escolar”),princípio que permitiria a filhos de estrangeiros nascidos no país obter a cidadania ao completar 10 anos de estudos no sistema escolar nacional, e também sobre um possível plebiscito para diminuir o tempo necessário que estrangeiros trabalhadores precisam para pedir a cidadania de dez para cinco anos.
Tajani, recentemente, voltou a ser polêmico ao defender a criação de “alguns parâmetros” para a concessão de cidadania por direito de sangue, mas não entrou em detalhes. “Queremos que a cidadania ‘jus sanguinis’ seja concedida a quem verdadeiramente quer ser italiano”, declarou para a RAI News.
Como é hoje
Atualmente, é considerado cidadão quem tem antepassados italianos, sejam pais, avós, bisavós, etc., em processos que são feitos por meio de consulados mundo afora ou nos departamentos de registro civil de municípios na Itália, dependendo do local de residência do candidato. Crianças nascidas em território italiano, mas com pais estrangeiros, herdam a cidadania dos pais e aos 18 anos, caso tenham vivido os últimos dez anos ininterruptos na Itália, podem pedir a cidadania italiana.
(Dados da Ansa)