A apresentação do Guia Michelin Itália 2025, que decorreu dia 05 de novembro, em Modena, trouxe emoções e muitas novidades, nem todas positivas. Na verdade, 18 restaurantes perderam a sua estrela Michelin. Entre estes também o Piccolo Lago, de Marco Sacco, chef de renome internacional.
Sacco é conhecido pela sua forte capacidade de inovar a cozinha italiana, tornando a experiência gastronómica – composta por pratos confeccionados com ingredientes locais e técnicas italianas modernas – particularmente criativa. Começou a trabalhar aos vinte anos trabalhou em alguns dos mais renomados restaurantes franceses. Em 2004 recebeu a primeira estrela, em 2007 a segunda. Entretanto, há três anos, acabou sendo notícia depois que alguns convidados do estabelecimento apresentaram sintomas de intoxicação alimentar após o consumo de amêijoas cruas em um banquete de casamento.
O chef foi condenado em março passado em primeira instância a dois meses e vinte dias e indenização por danos. Ele se defendeu dizendo que serviu cerca de três mil pratos iguais sem encontrar nenhum problemas e que utilizou amêijoas próprias para consumo cru, como demonstra claramente o rótulo do fabricante nas embalagens. O fato foi confirmado pelas investigações, que demonstraram que os mariscos já chegaram contaminados ao restaurante. Em todo o caso, nada demonstra que exista uma ligação entre o incidente jurídico e a decisão da Michelin.
O guia, que atingiu 70 edições neste ano, afirma que “a publicação deste ano revela-se tão rica como a anterior, com o registo de 130 novos restaurantes, sinal de que o país mantém todo o seu dinamismo ao nível da gastronomia”. O guia enfatiza a atenção crescente à sustentabilidade e como a maioria dos chefs concentra-se na culinária local, utilizando, tanto quanto possível, pequenos produtores locais.
É possível conferir a lista no site do Guia Michelin.
(Dados do Corriere della Sera e do Guia Michelin)