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Pietro Petraglia

Bons exemplos a serem seguidos

08 de dezembro de 2020 - Por Pietro Petraglia
Bons exemplos a serem seguidos

Pietro Petraglia Editor

Muito ainda precisa ser feito para que no Brasil a palavra “inclusão” seja definida como prioridade na conduta social em rigorosamente todas as frentes possíveis. Este mês, no dia 3, foi celebrado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, promovido pelas Nações Unidas, desde 1992. Comunità fez uma incursão nesse universo que envolve Pessoas Com Deficiência, as PCD’s, na Itália e no Brasil. Mas, infelizmente, o que se faz na Itália não se repete aqui, como destaca a reportagem assinada por Roberta Gonçalves. Embora tenhamos ações isoladas de resistência e superação, como os casos de Emmanuel Buschini e Maria Vieira, por aqui ainda esbarramos na falta de políticas públicas verdadeiramente inclusivas. Em outubro, o governo emitiu decreto que, além de ferir a Constituição Federal, desobriga a escola (seja ela pública ou não) de ser inclusiva. Especialistas da educação e pedagogos em geral são praticamente unânimes: o decreto que cria a chamada Política Nacional de Educação Especial (PNEE) incentiva a segregação de estudantes com deficiência e representa um retrocesso monumental na educação do país, que, infelizmente, há décadas está aquém do desejável se a compararmos com o praticado em outros países. Educação parece fazer muita falta nesse momento de pandemia. Enquanto países europeus se defendem da segunda onda da covid-19, parcela significativa da sociedade brasileira e, sobretudo, boa parte do poder público parecem ignorá-la. Sem medidas mais enérgicas de isolamento social e de controle de aglomerações, a doença avança novamente, aumentando drasticamente o número de casos e, lamentavelmente, o de mortes. Já somamos mais de 170 mil vítimas do coronavírus até o fechamento desta edição. Não será surpresa se este número ultrapassar 200 mil até a virada do ano. Mas precisamos olhar para o futuro, como destaca reportagem de Caroline Pellegrino sobre a aposta que muitos países vêm fazendo em projetos de biotecnologia para que mercados intensifiquem suas ações e metas de sustentabilidade. Na Itália, a Assobiotec-Federchimica apresentou o plano de biotecnologia nacional e de desenvolvimento da Itália. Em comum, o objetivo de estimular medidas que aliem meio ambiente e ciências biológicas, tanto no combate à pandemia da covid-19, como em um reinício sustentável do planeta. A bioeconomia italiana gera cerca de 330 bilhões de euros ao ano e dois milhões de empregos no país. A estratégia é alcançar um aumento de 15% no desempenho até 2030. No Brasil, projeta-se que a biotecnologia industrial, um dos segmentos da bioeconomia, possa agregar, anualmente, 53 bilhões de dólares ao PIB brasileiro nas próximas duas décadas. Vejamos, entretanto, o que será do planeta caso a covid-19 não seja controlada no primeiro semestre de 2021. Não haverá projeções econômicas que se sustentem diante do prolongamento dessa tragédia global.

Boa leitura!

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.

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