A assembleia de acionistas da Juventus realizada nesta quarta-feira (18) colocou um ponto final na gestão de Andrea Agnelli e deu luz verde ao novo conselho de administração do clube. O empresário italiano deixou a Velha Senhora após 13 anos, mas o ex-presidente juventino saiu de cena manchado por um escândalo financeiro, que derrubou toda a alta diretoria da equipe piemontesa.
“Dou um passo para trás, deixarei a diretoria de todas as empresas listadas. É uma decisão minha, que tomei de comum acordo com John Elkann, com quem a relação continua muito próxima. É minha vontade de enfrentar o futuro como uma página em branco”, disse Agnelli durante a assembleia.
O ex-mandatário da Juve, no entanto, permanecerá no conselho de administração da Giovanni Agnelli B.V., holding que detém a maioria das ações da Exor.
“Encerrada uma parte tão importante da minha vida, a minha vontade é, no final deste encontro, virar a página para poder recomeçar com entusiasmo e paixão, naturalmente após alguns dias de férias. Foi meu pedido, é minha vontade depois de um período tão intenso, poder encarar o futuro como uma página em branco, livre e forte”, afirmou Agnelli.
O empresário, um dos mais fortes defensores da polêmica Superliga Europeia, não saiu de cena sem mencionar que o futebol do continente “precisa de reformas estruturais para enfrentar o futuro”.
O ex-vice-presidente dos bianconeri, Pavel Nedved, também não permaneceu na função em virtude dos desdobramentos da investigação Prisma, mas o tcheco relembrou dos “sacrifícios” que ele e Agnelli precisaram fazer para liderar a Juventus.
Pensando no futuro, a Velha Senhora aprovou a formação do novo conselho de administração. Os cincos novos diretores permanecerão em suas respectivas funções pelos próximos três anos e deverão incluir Gianluca Ferrero – indicado como presidente -, Maurizio Scanavino, Laura Cappiello, Diego Pistone e Fioranna Vittoria Negri. (com dados da Ansa)