Pelo menos 700 italianos sofreram um golpe depois de comprar a nacionalidade de um país que não existe, o “Estado Teocrático Antártico de San Giorgio”. A quadrilha obteve cerca de 400 mil euros (aproximadamente R$ 2 milhões) com o esquema e está sendo investigada desde 2021.
Pelo menos 700 italianos sofreram um golpe depois de comprar a nacionalidade de um país que não existe, o “Estado Teocrático Antártico de San Giorgio”. A quadrilha obteve cerca de 400 mil euros (aproximadamente R$ 2 milhões) com o esquema e está sendo investigada desde 2021.
Os golpistas inventaram uma nação que eles alegavam ter sido criada no “Tratado Antártico de 1959”. Esse tratado existe e divide o território da Antártida para fins de pesquisa científica, mas deixa claro que a região não pertence a nenhum país específico. O Brasil faz parte desse acordo e tem uma base para estudos científicos na região.
No entanto, esse golpe declarava que parte da Antártida era um estado soberano e seu passaporte era prestigiado internacionalmente. A quadrilha dizia facilitar a obtenção de documentos para obter a nacionalidade desse suposto país. Para isso, havia uma taxa que chegava a 1.000 euros (aproximadamente R$ 5 mil).
Entre as vantagens oferecidas pelos golpistas para os italianos, estava a possibilidade de abrir empresas fora da Itália (off-shore) de forma facilitada, o que pode ter motivado a obtenção da nacionalidade e compra de terras de um país que talvez os compradores não pretendiam visitar.
O “Estado Teocrático Antártico de San Giorgio” tinha página no Facebook, onde publicava documentos “oficiais” e um jornal com notícias inventadas do país falso.
(com dados do G1)